Bola de Couro
Após a vitória de ontem contra o Londrina, quando jogamos melhor do que o adversário, mas desperdiçamos muitos gols, o técnico Antônio Oliveira concedeu a protocolar entrevista pós-jogo, quando elogiou muito o time – o que faz sempre – e afirmou “temos que ser um pouco mais caprichosos e serenos nas finalizações”.
Realmente, tem havido muita precipitação quando das conclusões a gol, alguns sendo perdidos por preciosismo dos atacantes e outros tantos pelo afobado e limitado Robson que, como disse aqui o confrade Sérgio Brandão, ser muito voluntarioso como ele é não é suficiente sem que ao mesmo tempo concorra a técnica.
Mas voltemos ao que disse o nosso treinador, cujo trabalho ainda não convenceu a torcida. .
Serenidade, virtude que segundo o treinador esteve em falta no jogo, é qualidade de manter equilíbrio emocional, calma e sangue-frio especialmente diante de situações adversas e estressantes. Líderes se mostram nos momentos difíceis, e nestes sem serenidade pouco lideram.
Então é de se perguntar: se é necessário, nas palavras do treinador, que os jogadores mostrem serenidade, por que ele não dá o exemplo? Quatro cartões amarelos e um vermelho em sete jogos (foram nove partidas, mas ele ficou suspenso em duas) é um feito quase que inigualável. Essa conduta certamente transmite instabilidade aos jogadores, como, aliás, transmitiu para o auxiliar técnico já “amarelado” também.
Não fosse o modo como é a relação trabalhista no mundo do futebol, qualquer empregador já teria punido o empregado pelo prejuízo de sua instabilidade emocional, pelo menos descontando os salários nas ausências.
Já que não dá para agir assim, vou pedir à direção uma providência simples: antes dos jogos faça o Antônio Oliveira tomar um bom chá de melissa.
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