Bola de Couro
Parece que desta vez há uma quase unanimidade em relação ao momento do Coritiba. O time vem melhorando paulatinamente, de modo a nos deixar esperançosos de sucesso na temporada, embora sempre com cuidado para não mostrar euforia, pois muitas vezes nos conduzimos bem no campeonato estadual e de modo decepcionante do nacional. Mas que há esperança neste ano, sem dúvida há.
Chego um pouco atrasado para comentar o jogo de ontem contra o PSTC, os amigos que compartilham este espaço comigo já disseram muito e bem sobre o Coritiba do presente, cada qual com a sua forma de pensar.
Mas quero deixar também as minhas impressões.
E o faço para apontar três destaques e depois o enfoque que dá título a esta coluna.
O primeiro, positivo, é a fase que o Lucas Claro vem vivendo. Não fez uma boa temporada no ano passado, especialmente por lhe faltarem velocidade e impulsão, mas sem dúvida o tempo em que curtiu a reserva fez com que aprimorasse tais fundamentos. Tudo indica que fará uma bela temporada.
Outro destaque, mas aqui negativo, é o Dudu. Infelizmente o jovem – para o futebol já nem tanto – está provando que não tem lugar no time do Coritiba, nem mesmo na condição de reserva. Ao contrário do Lucas
Claro, não soube aproveitar o tempo de ostracismo do ano passado para melhorar a técnica. Talvez porque não possa.
Terceiro destaque eu dou para a preparação física do Coritiba. Não tenho conhecimentos técnicos a respeito, mas uma simples constatação de leigo mostra que o time está “na ponta dos cascos”. O jogo quase terminando e o veterano Juan – que, aliás, vem muito bem tecnicamente – correndo como se a partida estivesse no começo e fazendo um belo gol.
E o último ponto envolve o Elisson que, embora ainda não tenha sido visto enfrentando equipe de maior porte, vem se apresentando muito bem. Uma defesa difícil no único lance de perigo que o Guarany de Sobral conseguiu e outra mais difícil ainda ontem em uma jogada tosca do João Paulo indicam que é um bom goleiro. Sua presença no time me faz recordar uma coincidência que os amigos contemporâneos a mim podem confirmar ou esclarecer caso a memória me falhe. Em 1971 (ou seria 1972?), nosso goleiro era o Célio, elegante e seguro, que não era visto fazendo defesas extraordinárias e espetaculares, pois sabia se colocar muito bem. Tal como é hoje o Wilson. Pois bem, o Célio sofreu lesão e foi substituído pelo Jairo, até então um desconhecido, o qual logo teve que disputar um atletiba onde “fechou o gol”. Jairo e Elisson, ambos negros, altos e fortes (notaram que com a força das mãos o Elisson consegue colocar a bola no campo adversário?) e substitutos de goleiros consagrados. Coincidência apenas? Pode ser, mas às vezes existe uma linha tênue entre a coincidência e o destino, o que o tempo dirá se vai se confirmar.
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