Bola de Couro
Todas as probabilidades de escapar do rebaixamento nos são favoráveis dentre os cinco clubes que ainda não estão matematicamente rebaixados. Até em caso de derrota, como alguns já apontaram por aqui, há chance de resultados combinados nos favorecerem, mas não vamos brincar com isso.
Em todo o campeonato, apesar de conscientes de que o nosso elenco é fraco, salvo algumas exceções, e de que os treinadores anteriores também (o último com a agravante de se mostrar indiferente aos resultados negativos), alguns fatores aconteceram e outros não aconteceram para marcar negativamente a nossa campanha.
Primeiro, ainda que não se deva tentar esconder os problemas com a alegação, aconteceu que em muitos jogos a arbitragem nos foi prejudicial. E, ao contrário, não ocorreu de em qualquer jogo sermos favorecidos por qualquer erro de arbitragem. Não que se queira que vençamos com tal ajuda , mas quando nenhum dos nossos adversários reclama de qualquer assinalação que nos tenha sido favorável, e quando em muitos jogos se deu o contrário, foi esse sem dúvida um fator importante para alguns maus resultados.
Depois, o time do Coritiba tem uma enorme deficiência no que se refere a cobrança de faltas. Nenhum gol dos que marcamos decorreu diretamente ou indiretamente de cobrança de penalidades. Ao que eu me lembre, o último gol desse tipo ainda teria sido em meados do ano passado, através do Alex. Outro fator, então, que nos prejudicou, mas por culpa exclusiva nossa, seja por deficiências técnicas dos atletas, ou seja pela falta de treinamento específico.
Mais um enfoque sobre prejuízos que tivemos se refere à ausência de gols decorrentes de cobrança de escanteio. Nenhum, ao que lembro, aconteceu neste campeonato. Essa deficiência também concorreu para que muitos bons resultados não fossem alcançados. Aqui a deficiência talvez seja mais de treinamentos do que individual.
Por fim, um fator que não acontecia e nos últimos jogos apareceu para nós, foi o da sorte. Agora não são mais as nossas bolas que batem na trave do adversário. Contra o Santos a sorte nos favoreceu, sem dúvida, e contra o Palmeiras um pouquinho também, pois tivemos três chances de gol e efetivamos duas, enquanto o adversário perdeu as que teve. Já estava na hora de ter pão quente também na nossa mesa.
Assim, como nos resta apenas um jogo para não sofrermos despejo da elite do futebol – com a esperança de que no próximo ano deixemos nossa casa melhor arrumada – quem sabe algum dos fatores que apontei pode acontecer exatamente no domingo?
Se a arbitragem for isenta e competente, mesmo com o “carioquismo” da CBF, já será um grande passo, pois não tenho dúvida de que, a despeito da fraqueza do nosso elenco, ele ainda é melhor do que o do Vasco. Jogo por jogo, não temos como perder. Ainda mais se a sorte continuar a compensar o período em que nos abandonou
A conferir.
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