Bola de Couro
O título da coluna leva a lembrar da catástrofe pela qual passa o Rio Grande do Sul, inigualável em toda a história do Estado e do país, com milhares de desabrigados, pessoas desaparecidas e mortas, casas destruídas e infraestrutura necessitando total recuperação.
Causa algum conforto saber do esforço de inúmeros abnegados em favor dos flagelados, em especial as doações que vêm de todo o Brasil, inclusive dos meus conterrâneos paranaenses.
Mas o título da coluna serve também para retratar o resultado do Coritiba ontem, contra o modestíssimo time do Guarani de Campinas.
Não fosse uma jogada genial do Lucas Ronier e a ruindade do Guarani em tentar fazer gols em nosso time, estaríamos amargando um empate ou uma derrota. Na segunda etapa só o adversário jogou, quando conseguíamos desarmá-los, imediatamente perdíamos a bola e a nossa defesa era sufocada.
Mateus Frizzo parecia estar com a cabeça em outro lugar e não no jogo. Morelli parece ser daqueles jogadores que só dão certo em equipes menores. E por aí poderia citar outros.
Surpreendentemente ontem Wesley Pomba jogou bem, assim como se salvaram da ruindade total o Sebastian, o Maurício e em parte do jogo o Gelado e o Ronier, mas não de modo suficiente para que o time jogasse razoavelmente bem e nos fizesse ter esperança de dias melhores.
E o treinador interino mostrou ser mais do mesmo, como se diz, errando nas substituições. Jogadores (?) como Bernardo e David não poderiam nem estar no banco de reservas, menos ainda entrar em campo.
A expectativa com esse time – e teremos que aturá-lo até que a nova “janela” se abra – não é nada boa. Continuamos tal como quando fomos eliminados da Copa do Brasil e no campeonato estadual, sem nenhum progresso ou esperança de melhoria.
Urge encontrar um técnico que seja líder de grupo, motivando-o, mas que entenda minimamente que futebol é jogo coletivo e que só funciona com jogadas programadas. Claro que se tiver verdadeiros craques o treinador pode até ser coadjuvante, mas no caso do atual Coritiba é indispensável que saiba mudar o amontoado que temos visto para uma equipe, ou seja, um conjunto solidário e dedicado, com um mínimo razoável de futebol.
Mais uma vez, como tem sido a tônica nos últimos anos, a torcida do Coritiba se mostra deprimida e desanimada, embora nunca abandone o clube. A propósito, se nem sempre a voz do povo é a voz de Deus, como diz o provérbio, no caso da inconformidade e revolta com as práticas da SAF e do pomposo CEO Amodeo, a torcida está coberta de razão. Não vejo solução que não passe pela revisão do nome que comanda a SAF e das práticas até agora adotadas. Salvo a contratação do Autuori a gestão atual do clube quase nada de positivo fez, trazendo jogadores que não têm o mínimo perfil para um clube que tenta voltar à elite do futebol brasileiro e nada mais. (Ia esquecendo, mudou o tom do verde do estádio para trazer energias...).
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