Bola de Couro
Como entender que o time do Coritiba, depois de uma exuberante apresentação na segunda etapa do jogo contra o Operário tivesse uma má jornada três dias depois contra a limitada equipe do Náutico, que vinha de derrotas para o Brasil de Pelotas e o Brusque?
Teria sido a mudança na meia cancha, com a entrada do Robinho e do Val, que tiveram uma jornada muito fraca? Teria sido um excesso de autoconfiança na capacidade da equipe, que talvez pensasse que naturalmente iria vencer?
Eu não morro de amores pelo Mateus Sales, mas sem dúvida pela apresentação que teve contra o Operário não dá para entender a volta do Val. E o Robinho, que há algum tempo vem jogando mal, deveria ficar para a substituição do Rafinha quando este cansasse, como de praxe. Não que este seja “uma Brastemp”, mas é mais lutador. Aliás, para o futuro campeonato da série A nós teremos que encontrar soluções para recompor a meia-cancha, pois os nomes que temos pouco entusiasmam, salvo o Willian Farias.
A classificação para a série A não está em risco, só uma catástrofe para nos tirar o acesso, mas o título, a depender da campanha do Botafogo, sim. E o título, que não serve para colocar estrelinha na camisa como um outro time já fez, tem a fundamental importância de nos levar até a terceira fase da Copa do Brasil, torneio que, a depender da nossa classificação no campeonato estadual, nos deixará fora.
Se o Botafogo vencer hoje, não dependeremos mais só de nós para conquistar o título, e temos partidas difíceis pela frente, notadamente as próximas contra o Goiás e o CSA se este ainda tiver chances matemáticas de se classificar.
Nada de pessimismo, talvez possamos terminar o dia ainda na liderança, mas a comissão técnica precisa trabalhar a mente dos jogadores para que não se mostrem tão apáticos como ontem, e para ver que inconstâncias na escalação só se justificam quando o time está mal e necessita tentar algo novo. Vencemos bem o último jogo e nada recomendava a mudança de escalação e tática.
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