Bola de Couro
O confrade Sérgio Brandão escreveu hoje sobre a necessidade de os atletas do Coritiba mostrarem doação em campo. Com toda razão e o seu texto mostra isso.
Mas parece-me que outro quesito é necessário no Coritiba atual, desde os dirigentes até os jogadores.
Refiro-me à conscientização de que temos um time não mais que mediano e que sabedor disso deveria saber jogar sem pensar que é o maior clube dentre os que disputam a segunda divisão o que por si só seria suficiente.
O Coritiba tem história, tradição, conquistas importantes, mas é ser repetitivo dizer que não é mais o mesmo. Se futebol é momento, como gostam de dizer os cronistas esportivos, o momento é muito ruim para nós, rebaixados e assim mantidos no ano passado, com um dos piores times da nossa história.
Pouco nos respeitam, recebemos o anúncio de que temos caixa para sustentar o time somente até setembro, contratações equivocadas continuam sendo feitas e assim vamos nesta senda de sofrimentos.
Restou de grande somente a torcida, como está mostrando nos primeiros jogos do campeonato e espero que assim continue para empurrar o time de volta a melhor cenário.
Com razão disse-me o amigo e jornalista Eduardo Nunes em troca de mensagens:
“Tenho a impressão de que há um clima de soberba no Coritiba. Volta e meia é possível flagrar a expressão 'time grande' no discurso de atletas e treinadores. Tenho pra mim que o Coritiba deveria trabalhar com mais foco e estratégia. Essa cultura do 'time grande' não ajuda, não ganha jogo. Ao contrário. Tenho a percepção de que atrapalha; de que alguns jogadores se apegam a essa cultura e pensam que vão ganhar naturalmente. Não respeitam adversários de nível Série B, como o CRB e o Londrina, por exemplo. O resultado todos sabemos”.
O time é melhor do que o do ano passado, se diz. Com efeito é, mas não é muito difícil ser melhor do que aquele amontoado que tivemos. Isso não afasta a necessidade de conscientização de que ainda é no máximo mediano e muita grama tem que comer para chegar à conquista do retorno à elite do futebol. Espero que a boa apresentação contra o Cuiabá seja um indício de recomeço consciente.
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Dedico a coluna ao amigo e grande coxa-branca Alvaro Rosa, que convalesce de delicadíssima cirurgia. Ao Alvaro votos de plena recuperação e que o Coritiba volte a dar as alegrias que nós dois vivemos.
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