Bola de Couro
Algumas convicções que o jogo de ontem gerou para mim. Convicções de momento, claro, em futebol quase nada é definitivo.
- Rafael Veiga é craque, pode ter apenas alguns lances de destaque em um jogo, mas eles são brilhantes e decisivos. Bastou se acalmar pela euforia da contratação prometida, ou concluir que se continuasse a tirar o corpo fora das jogadas talvez nem fosse negociado, para voltar a ser aquele jogador que nos deslumbrou.
- Qualquer defesa, considerando os zagueiros que temos no momento, se mostra melhor sem o Lucas Claro.
- O nosso técnico, quando não inventa e escala o time com os jogadores em suas posições de origem, e assim também os substitui, é um bom treinador. Deixando de lado a necessidade de autoafirmação que o acompanha, pode ter bons resultados.
- Benitez é muito bom jogador e, o que é importante, comprometido com a equipe. Parece que gosta de jogar no Coritiba.
- Kleber melhorou muito no que se refere à conduta desleais, mas às vezes dá umas “escorregadelas”. Em razão do seu histórico, os árbitros claramente têm má vontade com ele. Só ele pode mudar esse preconceito.
- Dodô é fraco. Como é muito jovem, talvez possa ser bem trabalhado e se tornar um grande jogador. Mas no momento é o ponto frágil do lado direito.
- Gonzales deve ser o cobrador de faltas. Ninguém na equipe sabe colocar a bola como ele, especialmente pelo lado direito.
- Amaral está bem melhor do que o João Paulo. Não me arrisco a dizer definitivamente que “é” melhor, mas tudo indica que sim e que o João Paulo, mesmo recuperado fisicamente, não terá lugar no time enquanto o Amaral jogar como está jogando. Um alívio.
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Historinha.
Em 1969 o Coritiba fez a sua primeira excursão à Europa. Nosso zagueiro central (era assim que se dizia) era o Nico, pessoa simples, de uma raça incomparável, oriundo de Santa Felicidade (quando perguntado onde nascera dizia o nome do bairro e não o da cidade). Jogou no Coritiba por nada menos do que de 1959 a 1971. O diretor de futebol, que acompanhou a delegação, Munir Caluf, era um dos sócios da loja de tecidos denominada Louvre (hoje no local está a loja Marisa).
Pois em Paris o Munir resolveu dar um passeio e dentre os seus objetivos estava o de conhecer o famoso Museu do Louvre. O Nico deu pela falta do diretor de futebol no horário do almoço e perguntou por ele, sendo informado de que fora ao Louvre.
- Puxa, não sabia que o seu Munir tinha uma filial da loja aqui, comentou o simplório e raçudo Nico.
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