Bola de Couro
Erros de arbitragem acontecem no futebol, não são incomuns, embora o ideal seria que não houvessem, mas é atividade humana sujeita a erros de apreciação. Um dia um clube é prejudicado, mas no outro pode ser favorecido. Quando da nossa vitória contra o Sampaio Correa, de forma honesta e sem paixão eu escrevi aqui: “No pênalti que foi marcado em nosso favor realmente é duvidosa a conclusão sobre se a falta foi dentro ou fora da área. Vi e revi o lance e não fiquei convencido. Penso que na dúvida talvez não fosse o caso de marcar a penalidade máxima, não sei, a discussão é intensa. Mas lembrando os gritantes erros de arbitragem nos nossos jogos contra o Botafogo e o Londrina, anoto o que dizem os que gostam de jogar em cassinos: “a banca paga e recebe”, ou seja, um dia o destino nos compensaria. Agora parece que vem VAR, aguardemos”.
Mas o que não pode acontecer são erros tornados comuns sempre em favor do mesmo time, ou propositais, como a inesquecível atuação do Wilton Pereira Sampaio na decisão da Copa do Brasil contra o Palmeiras. Aí já não entra o fator falha humana, mas outras ponderáveis que se movem nos subterrâneos do futebol.
E também não se encaixa na ideia de que fazem parte do futebol os erros gritantes, em jogadas cuja análise nem precisa de repetição da imagem, e pior ainda se esses erros clamorosos se repetirem contra o mesmo time, em uma mesma partida.
Ontem, a torcida e os cronistas estão fartos de saber, o Coritiba poderia e deveria ter vencido o jogo por 4 x 0. O gol do Henrique, o escandaloso pênalti sofrido pelo Igor Paixão, o gol mal anulado deste, que não estava impedido, e finalmente o claro toque de mão na bola do defensor do Goiás dentro da área, cuja não marcação propiciou o contra-ataque que gerou o gol do adversário. Houvesse VAR, muito provavelmente todos os lances seriam revistos e o resultado nos favoreceria com goleada.
Uma pena que o que a CBF pode fazer é somente afastar os árbitros para uma reciclagem, ficando consumado o prejuízo que, conforme o andamento do campeonato, poderá ser fatal se dois pontos forem necessários para a classificação. Uma reflexão deve ser feita quanto ao quadro de árbitros. Se os que atuaram ontem não cometeram erros propositais – dê-se a eles o benefício da dúvida – certamente se mostraram desqualificados e incompetentes, não à altura de atuar em jogos difíceis.
Diante do fator extrafutebol que decidiu o jogo, quase não há o que falar sobre a apresentação do time, superada pela atuação do trio de arbitragem. Mas não posso deixar de finalizar dizendo que time jogou bem, com destaques para Natanael e Robinho (uma pena que ele não tenha condições físicas de atuar durante todo o jogo, pois está sendo insubstituível), o que acentua a injustiça do resultado construído pela arbitragem.
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