Bola de Couro
Ontem o torcedor do Coritiba ficou feliz e se regozijou ao ver o rival perder a final da Copa Libertadores, em jogo transmitido para toda a América e algumas outras partes do mundo. Logo após o jogo piadas e “memes” começaram a circular, divertindo os coxas-brancas.
Confesso que gostei também da derrota deles, pois se já está difícil alcança-los, ficaria bem mais com um título continental da expressão da Copa Libertadores
.
Mas vou entrar em um ponto que provavelmente irá desagradar a muitos dos amigos leitores, isso se eu não tomar pedradas.
A verdade é que eu queria estar no lugar deles ontem. Sujeitar-me-ia a todas as “secações” “memes” e sairia contente pois além de jogar quase de igual para igual, um vice-campeonato da Libertadores da América é algo a comemorar. Foram notícias na América e no Mundo e faturaram nada menos do que trinta milhões de reais só ontem.
Há tempo sabemos, embora muitos não queiram admitir, ou se admitem não querem dizer, que fomos ultrapassados no futebol paranaense e será necessário muito empenho e trabalho qualificado para que, no mínimo em cinco anos – ou realisticamente talvez mais – nos igualemos.
Vamos analisar somente este século, que foi quando o rival nos passou.
Neste período nós tivemos nove títulos estaduais e dois da série B, disputamos uma Libertadores da América caindo ainda no primeiro grupo e quatro sul-americanas, em três caindo na primeira fase e em uma na segunda.
Enquanto isso o rival conquistou um título nacional, duas copas sul-americanas, duas vezes vice da Libertadores da América, uma Copa do Brasil e oito títulos estaduais.
Além do mais, construiu um moderno estádio (sei, à custa de dinheiro público jamais devolvido), aumentou a sua torcida e se mantém financeiramente estável.
Enfim, muito temo que caminhar – correr mesmo – para voltarmos a ser aquele que um dia foi indiscutivelmente o maior do Paraná.
Enquanto isso, vamos de Guayaquil a Caixas do Sul, onde disputaremos a “nossa” Copa libertadores particular, buscando não um título e sim um resultado que nos mantenha pelo menos onde estamos.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)