Bola de Couro
Ontem assistimos a mais um lance do calvário pelo qual estamos passando nos últimos anos e que, espero, não nos leve a mais uma crucificação na série B.
O Coritiba, que daqui a alguns dias completa 113 anos de fundação e história, foi humilhado em campo pelo excelente time do Palmeiras. Foi o jogo entre um time fortíssimo contra um fraquíssimo.
Como passionais que somos, tínhamos alguma esperança de que o Coritiba pudesse “aprontar” contra o melhor time do campeonato, mas qual o quê. Se uma vitória do Palmeiras era dada como certa por toda a crônica, esperávamos que ao menos o nosso clube pudesse oferecer resistência e algum futebol que minimamente nos desse alguma esperança e dignidade. Nem isso.
Mas, como disse o jornalista Aparício Torelly, conhecido como “Barão de Itararé”, em frase que dá título à coluna, somente a nossa paixão pelo clube poderia autorizar a que se pensasse que poderia ser diferente.
O nosso time é ruim, poucos jogadores se salvam da mediocridade, e ainda assim nem sempre. Eu disse mediocridade? Mas medíocre significa comum, mediano ou de qualidade média e então certamente errei, pois nem assim é possível qualificar o atual time do Coritiba.
Muito difícil escrever qualquer coisa após uma exibição (?) como a de ontem e apontar as causas de mais uma derrota fora de casa, em repetição sucessiva que nos leva a constar nas estatísticas como o único time que não venceu quando o mando de campo é do adversário.
Ontem, além da falta de qualificação técnica, sobressaiu a lentidão e o aparente desinteresse de alguns.
Alef Manga, que quando joga alguma coisa é mais para ele do que para o time, foi péssimo. Quando lhe era dirigido algum passe esperava que a bola fosse até os seus pés, esquecendo que o adversário estava ali. Se o Coritiba ainda não renovou contrato com ele, como foi anunciado que estaria por fazer, suplico que não o faça.
Rafael Santos foi uma avenida pela qual o Palmeiras passeou, deficiência ao que parece só não vista pelo técnico que nada fez para colocar alguém a ajudá-lo na marcação.
Tony Anderson alcançou o seu objetivo, mais uma vez entrou para buscar uma suspensão e ficar fora recebendo seu gordo salário.
Quanto ao técnico, eu já nem o culpo tanto, pois com o material humano de que dispõe não dá para dele exigir muito. Mas sem dúvida hoje faltou a ele conscientização de que o Palmeiras está muitos furos acima do Coritiba e que deveria formar o time de modo a jogar fechado, tentando pelo menos não perder, o que seria um grande feito.
Enfim, todos viram como foi e nem sei porque estou analisando aqui as atuações individuais, das quais só ressaltaria a do nosso goleiro, cuja atuação impediu um desastre ainda maior, e um pouco o Bruno Gomes. No mais, só mediocridade. Eu disse novamente mediocridade? Errei mais uma vez.
É certo que matematicamente nem tudo está perdido, temos pela frente nove jogos, quatro deles em casa, mas contra adversários tão difíceis quase como foi o Palmeiras, e dentre os com mando de campo adverso diante de times que disputam conosco o risco de rebaixamento. Não vamos nos entregar por antecipação, temos um jogo a mais do que os concorrentes diretos e eles não estão se ajudando como vimos do Avaí ontem.
Mas que será muito difícil escapar, isso será. Talvez sofrimento até o último jogo.
Coluna escrita de madrugada, modo mais emocional do que racional e visando tentar espantar a insônia.
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