Bola de Couro
Perder para o Santos por 3 x 0 jogando na Vila Belmiro, é resultado que poderia ser aceitável, afinal trata-se de um time jovem e bom, jogando em casa e com apoio da sua torcida. Mas perder como perdeu o Coritiba ontem, um time medroso, cansado, sem ter uma vez sequer a oportunidade de fazer um gol, é frustrante e decepcionante.
Imaginávamos que a derrota contra o Avaí poderia ter sido um acidente de percurso, que o time estava muito concentrado na Copa do Brasil e que, como acontece muito no futebol, tratou-se de uma jornada infeliz.
Qual o quê. O time se saiu pior.
O maior responsável pelo modo como o time jogou, desta vez sem dúvida foi o técnico. Não sou daqueles que quando a equipe vai mal sai a pedir a cabeça do treinador (e não é o caso), mas ontem o Morínigo errou feio.
Primeiro pela formação esdrúxula com o Guillhermo como zagueiro/ala. Depois pela invenção de tentar usar o Mateus Alexandre como atacante pela direita, deixando na esquerda o Alef Manga que, afora nada jogar e parecer nada querer com o jogo, foi um tanto prejudicado pois o seu habitat é o lado direito do ataque.
E mais, por iniciar a partida com o veterano Robinho para enfrentar os jovens e rápidos santistas. Robinho é fraco, joga bem uma partida em dez, e só pode entrar, se necessário for, a partir da metade da segunda etapa quando os adversários começam a ficar cansados. Iniciar, jamais.
Nenhum jogador se saiu bem ontem. Não é necessário analisar um a um. O Dr. X já fez isso com precisão.
Estamos com muitos veteranos no time. Não é ruim ter um veterano quando ele joga bem e tem o que dar. Mas muitos ao mesmo tempo não dá certo. Ontem enfrentamos um time jovem e não conseguimos jogar.
E está na hora de ver a defesa. Tomar onze gols em cinco jogos, mais de dois gols por partida, é constatação objetiva que mostra que algo está errado na zaga e no primeiro combate que deve ser dado pelos volantes. Na tabela do campeonato brasileiro, no critério “gols sofridos” estamos juntos com clubes que estão na zona de rebaixamento.
Enfim, uma noite deprimente, um mau presente para a torcida que conseguiu o recorde de 40.000 associados.
Mas nem por isso vamos considerar que tudo está perdido. Mostramos no primeiro jogo contra o Santos e na segunda etapa dos jogos contra o Atlético-MG e Fluminense, que temos potencial para jogar melhor. Basta o comando técnico ver que tem que mesclar jovens com veteranos, que alguns desses não podem entrar jogando e não ter surtos de invencionice como o de ontem.
Confio na recuperação e aguardo uma campanha regular no campeonato brasileiro. As duas derrotas, pelo resultado mas também pelo modo como o time jogou, devem servir de lição e a comissão técnica tem que fazer o seu ato de contrição. Para o segundo turno – já que contratações só podem ocorrer em julho - urge trazermos um goleiro, um zagueiro e um volante. No mais, como sabemos que as finanças do clube andam sobre o fio da navalha, temos que confiar no que temos e voltar a jogar tal como iniciamos o campeonato.
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Uma pergunta que alguém talvez possa responder, já que no meu círculo de contatos não obtive o esclarecimento. Qual a função do Renê Simões no clube?
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