Bola de Couro
O Coritiba conquistou um empate em sua primeira partida fora de casa no atual campeonato.
Um resultado que pode ser tido como aceitável, seja porque na comparação com o ano passado não iniciou perdendo, ou seja porque embora o time tivesse desempenho um pouco abaixo do adversário, que teve mais chances de gol, tivemos bons momentos na partida.
Por outro lado, não podemos esquecer que o adversário, embora nada tenha de especial, não é de “matar com a unha”. Foi campeão estadual e estava há nove jogos consecutivos só com vitórias em casa.
Ontem, Wilson mais uma vez foi o destaque, evitando nossa derrota. Rodrigão novamente foi Rodrigão, fazendo o gol, chamando o jogo e se envolvendo em boas jogadas. O jovem Luiz Henrique fez a sua melhor partida, uma pena que a partir da metade da segunda etapa estava visivelmente cansado. Alan Costa superou os maus momentos do ano passado e tem sido efetivo, especialmente nas bolas aéreas.
No mais, Diogo Mateus não foi mal, mas ainda precisa mostrar que tem mais a dar, enquanto Romércio não comprometeu, levando azar ao ter a boa raspando em sua cabeça e desviada de modo a talvez impedir a defesa do Wilson no gol do rival.
Vítor Carvalho, que contra a Ponte Preta foi muito bem, desta vez foi mediano, alternando boas e más jogadas (tem que saber que quando passa a bola para um companheiro em condições de avançar para o campo adversário, deve fazer com que ela chegue um pouco à frente daquele, e não atrás como muitas vezes passa). Patrick Brey foi outro que alternou bons e maus momentos, estes me parecendo por alguma displicência. Giovanni entrou bem, uma pena que isolou a bola que poderia ser o gol da vitória, em belo passe do Rodrigão.
Por fim, foram mal Wellington Jr., que errou muito e continua “fominha”, e Eliezer. Este, até agora, pelo que mostrou no atletiba e ontem – ou pelo que não mostrou em ambos os jogos – não pode ter lugar no time. A propósito, merece reconhecimento a atitude do técnico Louser ao substituir Eliezer pelo Giovanni, ainda que aquele tenha entrado na partida em substituição ao Thiago Lopes, o que parece demonstrar que tem o controle do elenco. Há um conceito entre muitos técnicos no sentido de que não se substituí jogador que entrou no meio do jogo, pois isso pode “queimá-lo”. Uma bobagem, pois o que se deve ter em mira é o sucesso da equipe e não o do jogador ou a sua suscetibilidade.
Ah, ia esquecendo, o nosso lateral esquerdo é muito fraco, urge encontrar alguém para a posição.
Enfim, ainda é muito cedo para se saber se dá para confiar no time e no sucesso final, mas sem dúvida algo melhor do que o ano passado parece que estamos vendo.
Reitero o que disse em outros textos. A torcida será fundamental para buscar a conquista do acesso à série A. A direção até agora não tem se mostrado eficiente e errou muito? O time não é o dos sonhos? Mas nós, torcedores, é que constituímos o clube, sem nós não há Coritiba. Por isso, vamos aos jogos, e quem mora fora procure comprar o pacote de TV e no ato responda que o seu time é o Coritiba.
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