Bola de Couro
Vencer ao Athletico é sempre bom, a vitória no atletiba, eu já disse aqui, é o nosso orgasmo no futebol. Sou daqueles que quer vencê-los até mesmo no futebol de botão ou no par ou ímpar. E não importa se eles não usaram o time principal, o que ficará na história e na estatística é o resultado e não a circunstância.
Mas amigos muita calma nessa hora, vamos tomar cuidado para não nos iludir. Já leio e ouço afirmações de que finalmente o time “encaixou”, que o até ontem rejeitado treinador encontrou a formação ideal e que o elenco é bom desde que se saiba tirar dele o melhor.
Não é assim e nem o clássico assim retratou.
De um lado porque o histórico do Coritiba neste ano, exceto quando da apresentação contra o União Beltrão, não foi nada animador. Duas derrotas impossíveis de compreender, empates contra adversários menores e vitórias sem expressão salvo aquela. E de outro, porque, queiramos ou não, ontem jogamos contra um time de jovens imaturos, cujo média de idade é de dezenove anos enquanto a nossa é e vinte e oito nos. E mais, embora a diferença de capacidade técnica decorrente da experiência, não podemos deixar de observar que dois gols saíram em razão de erros grosseiros da defesa adversária e que o goleiro atleticano não é lá essas coisas.
Negativismo? Não, o diabo sabe muito mais por velho do que por sabido. Não podemos ver o Coritiba de ontem sem olhar para o retrovisor para saber até onde esse time pode chegar. O passado recente não recomenda tranquilidade, menos ainda euforia. Ainda falta muito para que possamos ter um time confiável para o próximo campeonato brasileiro (a esta altura sabe-se lá quando iniciará).
Comemoremos o resultado, mais uma vitória contra eles e com goleada, é disso que a história se lembrará daqui a anos e não da circunstância do jogo. Mas sem ilusões, tendo em mente que o Coritiba que queremos para o futuro imediato não é esse.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)