Bola de Couro
Não amigos, não estou sendo incoerente e nem contradizendo o que já escrevi aqui, menos ainda estou sob efeito de euforia pela conquista do título estadual de modo a pensar só com a emoção.
Continuo entendendo que seria melhor se o Pachequinho tivesse passado por alguns clubes de menor expressão antes de dirigir o Coritiba e continuo preocupado com o fato de ter pesado na sua efetivação a vontade dos jogadores que o têm como amigo, o que talvez possa levar ao não exercício de comando do vestiário.
Porém, ele está escolhido definitivamente, e então tenho que apoiá-lo, desejando que tenha êxito, pois o seu sucesso será o de todos nós. Não quero mais tarde dizer que tinha razão, quero antes de tudo o sucesso do Pachequinho e do Coritiba. De que me adiantará dizer que tinha razão e encontrar o Coritiba mal? Não, antes de ter razão eu quero é ser feliz e vitorioso. Quero muito poder dar parabéns ao Pachequinho.
A minha tese sobre experiência prévia em clubes menores não é uma verdade absoluta. Embora exceção, temos exemplos atuais de treinadores que começaram em equipes de ponta e se firmaram, como é o caso do Zé Ricardo, no Flamengo, campeão do RJ, que antes de assumir o time principal só treinara equipes infantis e juvenis, do Fábio Carille, no Corinthians, campeão de SP, que nunca fora mais longe do que auxiliar técnico, e do Jair Ventura, no Botafogo, classificado para a Copa Libertadores e que também antes só exercera a condição de auxiliar.
E em que pese a relativa fragilidade do campeonato paranaense, é inegável que o Pachequinho soube bem comandar o time e fazê-lo crescer no momento certo. O modo como o time foi escalado e se procederam as substituições nos atletibas é prova disso.
Então vamos de Pachequinho, confiando nele e esperando que trilhe o mesmo caminho dos técnicos iniciantes que se deram bem nos últimos tempos. Técnico sozinho jamais ganha jogos, isso é primário saber, mas se o Pachequinho efetivamente conta com a confiança do elenco e souber liderar o vestiário, quem sabe nos encaminharemos para um campeonato brasileiro bem melhor do que os dos últimos anos? E quem sabe poderemos ter até sonhos mais altos? Confiemos.
É com você, Pachequinho.
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A propósito de ser melhor ser feliz do que ter razão, na ocasião da contratação do Anderson eu fiquei preocupado, tanto pelo que ele estava jogando no Internacional no ano passado, como pela sua condição de fazendeiro no município de Alegrete – o que, temia, fosse tirar dele o foco em Curitiba – assim como por um conceito que se firmou em Porto Alegre no sentido de que ele não teria mais gosto em jogar futebol. Cheguei a dizer isso para um dirigente das minhas relações, sugerindo a não contratação. Errei e ele estava certo, dou a mão à palmatória. Que bom que errei e espero que o Anderson mostre no campeonato nacional que eu estava muito mais errado.
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