Bola de Couro
Pois é amigos, tanto nos esforçamos, tanto namoramos a segunda divisão que um dia a relação culminou em novo casamento depois dos divórcios de 2007 e 2010.
E não caímos no jogo contra a Chapecoense, buscando consolo pela falta de sorte (a sorte não costuma andar ao lado dos incompetentes), em razão da reversão nos últimos segundos dos jogos.
Caímos desde que passamos os cinco anos anteriores quase sendo rebaixados e escapando à última hora e crendo que neste ano mais uma vez seria assim.
Começamos a cair quando o presidente Bacelar afirmou que o Coritiba tinha um dos melhores plantéis do Brasil e o diretor Ernesto Pedroso completou dizendo que iríamos disputar o título nacional. E, parecendo não ter os pés no chão, há poucos dias afirmou que iríamos no classificar para a Copa Sul-americana, para logo em seguida querer creditar a derrocada do time à campanha eleitoral.
Plantamos a nossa queda quando jogamos dinheiro fora com contratações como a do Alecsandro e do Anderson, que mostraram não ter futebol e menos ainda compromisso com o clube. Caímos quando acreditamos que o Galdezani era jogador de futebol com qualificação para a primeira divisão. E quando inchamos o plantel contratando ou mantendo figuras como Edinho, Geterson, Neto Berola, Luizão, Longuine, Thiago Real, Rodrigo Ramos, Iago e Filigrana, nomes que mostram que o Coritiba não tem profissional competente na área do futebol que saiba escolher bons jogadores.
Firmamos o caminho da queda com a irresponsabilidade do Kléber, que foi expulso por agressão, sofrendo punição drástica de suspensão, e não satisfeito foi penalizado novamente por ofensas ao tribunal que o julgou, não participando de quase metade dos jogos do campeonato.
Caímos desde que o nosso técnico mostrou não ter convicções, não dando à equipe um mínimo padrão de jogo e fazendo escalações e substituições absurdas. Hoje, o time estava melhor antes do ingresso do Anderson, Iago e Keirrisson, que nada produziram, e o Marcelo Oliveira mostrou que nem sequer comando tem, uma vez que determinou a saída do Leo e ele se rebelou e ao que parece não saiu em razão da reação.
E tanto estávamos preparados para a queda que minutos depois do jogo a direção apresentou uma nota oficial com justificativas, a qual, pelo conteúdo e detalhes, certamente estava já preparada desde antes do jogo e só foi editada e publicada. Os erros da administração que em poucos dias termina merecem mais espaço do que o de uma coluna.
Enfim, namoramos por tanto tempo a série B, que um dia acabamos casando.
E agora, mais um ano de sofrimento, disputando uma série onde o futebol tem que se aliar à bravura (quesito que faltou muito neste ano), jogando em campos de má qualidade, com menos receitas por várias razões, dentre elas o afastamento do sofrido torcedor. E se voltarmos à série A continuaremos a nos contentar com a condição de coadjuvantes, como tem sido?
Temos eleição em poucos dias. O que esperar? Na próxima coluna falarei a respeito.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)