Bola de Couro
Tivemos um bom resultado contra o Paraná Clube, mas nem por isso os pontos conquistados afastaram a convicção de que temos um time muito limitado.
Há quem peça compreensão pelo fato de a equipe estar sem jogar há alguns meses, o que é aceitável, mas tão somente no que se refere à condição física. Qualificação técnica quem tem mostra independente de ter forças para correr durante todo o jogo, ainda que seja só por alguns momentos, o que não se viu ontem.
Queremos nos entusiasmar, fazer um discurso otimista, tentar crer que esse time tem futuro, mas pensar assim é tentar se iludir, meus amigos.
Lanço uma questão para debate. Dentre os jogadores que se apresentaram ontem, quais os leitores veem como com nível técnico para formar time que aspire um pouco na série A do campeonato nacional? Compor grupo talvez um ou outro, mas alguém confia que algum dentre os que ontem vestiram a camisa do Coritiba ontem possa se dar bem na disputa nacional?
Penso que dos que se apresentaram ontem somente o menino Nathanael tenha potencial para se firmar, o que ainda deve ser confirmado. A boa apresentação do Willian Matheus deve ser reconhecida, mas sabemos do seu histórico de altos e baixos, mais estes do que aqueles.
Os homens do meio campo – Gabriel (o pior), Nathan Silva e Thiago Lopes – não tem a menor condição nem mesmo de integrar elenco de um time que deseja mais do que não ser rebaixado na série A. O primeiro cansou de errar passes e de perder bola. Nathan Silva pouco errou, mas porque de quase nada participou, esteve ausente do jogo. E o Tiago Lopes, bem, o que dizer desse rapaz cuja maior qualificação deve ser a de ter um padrinho forte?
A zaga normalmente é absolvida quando o time não toma gols, mas não se pode negar que ainda não inspira confiança, até porque o Sabino, que um dia pareceu ser o nome certo, há algum tempo vem se dando mal.
Na frente, com Robson, e a eterna promessa que não se confirma, o Igor Jesus, as esperanças de gols não são nada animadoras.
E o Rafinha está naquela condição do provérbio “em terra de cego, quem tem um olho é rei”. É o melhor tecnicamente, mas será que o seu futebol está no nível exigido para o campeonato nacional? E com 37 anos de idade, como aguentará os sucessivos jogos que vêm pela frente?
E não podemos esquecer quem comanda o time em campo...
Enfim amigos, podem me tachar de exigente demais ou até de pessimista, mas o que vi ontem, quando lembranças dos últimos tempos vieram à tona, não traz esperança. Talvez conquistemos o campeonato estadual, o nível técnico dos demais times é o mesmo, mas e quando agosto vier com o campeonato nacional?
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