Bola de Couro
Em um jogo de futebol a ocorrência de erros é determinante para o resultado e é comum. Se ninguém falha, goleiro ou defensor, dificilmente poderá haver vitória da outra equipe, salvo quando de lances muito bem elaborados pelo esquema ou por iniciativa de algum jogador diferenciado.
Quem acompanha o futebol sabe muito bem disso, todos temos registros de resultados que decorreram pela conjugação de méritos de uma equipe e falhas da outras.
Mas há erros cruciais e erros acidentais.
Ontem, vimos ambos como determinantes para o resultado da partida. Fomos favorecidos por um erro gritante do adversário, o que nos permitiu o terceiro gol, enquanto nós falhamos quando do primeiro gol do Fluminense em decorrência de uma bola perdida pela malemolência do Neilton.
Foram erros comuns, que podem acontecer em qualquer jogo e são muitas vezes acidentais, o que não se caracterizou na falha do Wilson quando do terceiro gol que tomou, e principalmente nas substituições erradas, e nos momentos errados, feitas pelo auxiliar técnico que substituiu o Morínigo, adoentado.
Wilson mereceria uma crônica à parte. Fez jogos memoráveis, com defesas que nos salvaram da derrota, mas em outros momentos tem falhado de modo gritante (quem esquece o jogo final de 2017 e os gols que tomou da Chapecoense?), especialmente em momentos fundamentais para o time. Em dezessete anos de carreira conquistou somente três títulos estaduais (Figueirense Bahia e Coritiba), com dois rebaixamentos pelo Figueirense, dois pelo Vitória e agora se encaminhando para o segundo pelo Coritiba. Certamente não é um vencedor, pelo contrário.
Mas ontem fundamental para a não manutenção do resultado de vitória foi também – e muito - a desastrada atuação do auxiliar técnico. Primeiro, ao não manter o esquema e o espírito da primeira etapa e substituir o Mateus Bueno pelo homônimo Galdezani, ação desnecessária e que deixou frágil a boa marcação que o Coritiba vinha fazendo na primeira etapa. E depois, pior, ao substituir o Hugo Moura – o melhor jogador da partida – pelo inoperante e indolente Ricardo Oliveira. Quando a equipe mais precisava de marcação para manter o resultado, tirou um marcador/armador e colocou um suposto centroavante que há muito foi abandonado pelo futebol e nem esforçado é.
O Ricardo Oliveira deve ser do tipo “bom de vestiário”, já que pregador religioso e deve ter uma boa e impressionável retórica. Só pode ser isso, pois nada justificou a sua contratação e menos ainda o seu ingresso na equipe. Se o seu calção tivesse bolsos, certamente manteria as mãos neles, tamanho o seu desinteresse pelo jogo.
O milagre ficou mais difícil de acontecer.
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