Bola de Couro
Depois dos seguidos insucessos do Coritiba, com 98% de probabilidade de ser rebaixado, ou seja, rebaixado está, tinha pensado em não escrever mais sobre o time e os jogos que temos visto, procurando tratar apenas da instituição e o seu futuro em razão da radical transformação acontecida com a mudança para uma sociedade anônima, até agora sem se ver luz no horizonte.
Mas diante do que vi ontem, não resisto e abandono o meu propósito, ao menos por enquanto.
Não é difícil analisar a apresentação do Coritiba contra o Santos, é mais do mesmo e para pior. Quando se poderia imaginar que em razão das anteriores más jornadas a comissão técnica teria aprendido algumas lições e, mesmo tendo em mãos um elenco muito limitado, trataria de tentar mudar para melhor, vimos uma lambança do treinador, que não sabe “ler” o jogo embora as suas “didáticas” e exculpatórias entrevistas.
O time empatando, quando só a vitória interessava, perdeu um importante jogador por destempero infantil, e a solução foi a de afastar o medo do adversário, tirando os dois únicos atacantes em campo (se bem que um deles não fazia diferença estar em campo ou não) e colocar mais zagueiros e volantes, entre estes o malsinado Fransergio que nunca produziu nada desde que chegou.
Foi demais, assim como é demais saber que deixou no banco o Andrey, em relação ao qual é evidente a implicância do treinador que já testou várias formações, nenhuma delas com aquele. E o Jamerson também é inexplicavelmente afastado mesmo depois de mostrar valor quando da jogada que levou ao segundo gol contra o Atlético-MG.
Mas nenhum erro se compara ao de deixar o time sem atacantes quando só a vitória importava. Ao assim agir, liberou o Santos para ir par a frente sem medo, já que a defesa nem tinha a quem marcar. Um erro primário deixar sozinho o Moreno para tentar algo, ele que nunca se mostrou eficiente em chutes a gol.
E mais lamentável é saber que os dirigentes de fato do clube, Amodeo e Arthur, se mostram inertes aceitando esse estado de coisas pelo qual são grandes responsáveis. Não vejo futuro com esses dois. O furo no casco do Coritiba passa por eles. O ano está perdido, mas uma sacudida na gestão poderia preparar melhor o próximo, quando voltaremos ao que estamos acostumados, qual seja lutar para sair da série B.
Antes de finalizar quero me penitenciar por ter visto como possível que o Tiago Kosloski, quando interino, pudesse ser efetivado ( ). Errei feio o prognóstico, desculpo-me.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)