Bola de Couro
Acreditei, ainda que com alguma cautela, que neste ano o Coritiba seria outro.
Acreditei que, mesmo que o técnico escolhido para comandar o time não fosse a melhor opção e que precisava passar por clubes de menor expressão antes de se pensar em efetivá-lo, deveria dar-lhe força já que, bem ou mal, era o escolhido e eu não poderia, em nome da minha convicção, desejar que não se saísse bem. E agora, depois de sete jogos consecutivos sem vitória, lendo e ouvindo que ele está “prestigiado”, não tenho mais como crer em qualquer sucesso.
Acreditei que o Rildo, depois que fez o gol de “letra” era um craque. Vejo agora que, além de ser um jogador no máximo comum, é acomodado e só corre pela paralela da lateral de campo (seria por “recomendação” do técnico?).
Acreditei que o Galdezani seria um novo Falcão, mas logo que contratado em definitivo o encanto acabou. É um jogador comum.
Acreditei que o Edinho figurava no banco de reservas apenas porque são muitas as vagas para sentar, mas vejo que o nosso técnico ainda o tem como opção (ou até como solução?). Entrou em decorrência de lesão, dirão, mas nenhuma diferença fez, ou se fez foi para pior.
Acreditei que tínhamos uma excelente defesa, mas hoje vejo que não é assim, registrando o time saldo negativo na tabela. E certamente seria a pior não fosse o excepcional Wilson.
Acreditei que com três opções para a ala direita uma deveria dar certo. Depois dos dois últimos jogos vi que só temos um “menos ruim”, o Dodô. E vi que enquanto todos os adversários exploravam o lado direito da nossa defesa, somente o nosso técnico não enxergava e providenciava para que pelo menos um dos volantes socorresse os nossos frágeis alas. Ontem o Sport fez a festa por ali.
E acreditei que desta vez teríamos uma inversão no resultado da diretoria. Enquanto as penúltimas começaram bem e terminaram mal, a atual iria terminar bem depois de fracassar nos dois anos iniciais. Ainda há tempo para pelo menos terminar o ano em uma posição honrosa, espero, mas já perdemos muito tempo e oportunidades. E se recompor o elenco em curto prazo é impossível, a troca de técnico é a única iniciativa que pode encaminhar rapidamente um novo trajeto, ainda que seja pelo efeito psicológico. Nosso rival e a Chapecoense não esperaram mais do que quatro jogos sem vitórias para mudar o comando técnico, enquanto nós, ao menos pelo que ouvi ontem, ainda “prestigiamos” o nosso.
E por falar em o que ouvi ontem, reproduzo uma pérola do filho do Lela (pobre do Lela): #CoxanaBandaB "Vou dar a volta por cima. Se não quiserem, estou emprestado pelo Palmeiras, pego minha mochila e vou embora" – Alecsandro”. Isso é que é comprometimento!
Enfim, como dizia um personagem do Jô Soares, eu me odeio, eu acreditei.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)