Bola de Couro
A derrota de ontem foi mais um espinho cravado na sofrida torcida coxa-branca. Não bastasse o placar de 3 x 0 para os cearenses, que veio a se somar a outros tantos jogos em que sofremos três gols em cada, a exibição do time foi lamentável.
Um time que pretende ser destaque no futebol nacional não pode pretender se organizar (?), jogando em casa, com três zagueiros e três volantes, tal como se fosse uma equipe que entrasse em campo somente para tentar empatar ou não perder de modo vergonhoso.
Não vou analisar a atuação de cada um dos jogadores, os amigos que escrevem no site e os leitores que comentam já disseram praticamente tudo. Mas vão algumas observações antes de chegar no tema que dá título à coluna.
Ontem nem o bom goleiro Gabriel se salvou, pois se mostrou atrapalhado no primeiro gol sofrido, com a bola batendo em seu tronco sem que a agarrasse. Um trio de zagueiros que toma três gols não necessita avaliação, os números falam. Robson, ah, o Robson, porque essa teimosia e insistência com um jogador tecnicamente fraquíssimo. Incompreensível, assim como foge do alcance de qualquer mortal entender porque entra em campo deixando o promissor Kaio Cesar no banco de reservas. Não vou gastar mais o espaço com comentários que seriam óbvios, pois todos sabemos que merece e quem não merece jogar no atual Coritiba.
Uma observação a respeito do Natanael. Vejo nas redes sociais muitas críticas ao jogador, mas me parece que às vezes elas são injustas. No mais das vezes ele se apresenta no mesmo nível dos demais, mas ontem me pareceu que foi um dos poucos lúcidos no time.
Mas vamos ao tema da coluna.
O treinador Antônio Zago chegou em Curitiba na sexta-feira, com o seu “staff” e, como é praxe no futebol brasileiro, disse que no primeiro jogo só observaria a equipe que estava treinando sob o comando do “prata da casa” Leomir. Mas de modo incoerente e surpreendente decidiu que o seu auxiliar técnico, vindo também na véspera e que talvez ainda não conheça os corredores do Coritiba, quanto mais os jogadores, dirigisse o time. Deu no que deu, um desastre.
Aqui parece-me que faltou comando para a direção. Se o novo treinador foi contratado com a sua equipe e entendeu não dirigir o time no primeiro jogo – no que estava certo, pois não conhecia quase nada do time – como aceitar que então um auxiliar seu assumisse e tirasse o comando do Leomir que, no mínimo, conhece os craques e os pangarés? Um clube de futebol tem dirigentes que devem saber a hora de intervir junto à comissão técnica e jogadores. Ontem era um momento em que o conselho administrativo do Coritiba deveria se impor, mostrando ao novo treinador, em que pese todos tenhamos esperança que o seu trabalho seja vitorioso, que há quem comande acima dele.
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