Bola de Couro
Ganhamos o atletiba, nada melhor no futebol do que vencer ao principal rival e ainda na casa dele. Não importa se o adversário jogou com time alternativo, isso é assunto deles. Se não quiseram comparar o time que dizem ser o titular com o nosso, talvez tenha sido pelo temor do risco de sofrer um abalo muito grande caso derrotado pelo limitado time do Coritiba.
Tivemos alguns destaques, tais como a boa apresentação do Alan Costa, que depois de um inferno astral no ano passado, decorrente do “elástico” que levou na linha da pequena área, aos poucos vem mostrando segurança e bravura. Sávio vem confirmando as boas apresentações e o Giovani parece que tomará conta da armação do time. A apresentação do Sabino foi boa, vamos aguardar mais alguns jogos para firmar convicção. Talvez, se não fosse a tolice do João Vítor, ainda na metade da primeira etapa, o placar fosse maior ou pelo menos não sofreríamos a pressão da segunda parte do final do jogo.
Então vamos mais uma vez nos alegrar por vencer o rival. Mas muita cautela, amigos. O time não está bem ainda, dependemos da confirmação da qualidade de algumas reposições, e continuamos com o mesmo treinador com histórico ruim e que não desperta confiança. A direção tem que ter os pés no chão e saber que muito ainda tem que ser feito.
Sobre o imbróglio envolvendo a participação da nossa torcida no jogo, duas observações.
Em que pese o autoritarismo do dono do rival e a frouxidão do TJD, ao contrário do que muitos pensam tenho que a atitude de colocar inscrições na camisa foi infantil. A direção lutou para garantir o acesso da nossa torcida até onde pôde, há que se reconhecer, e não obteve êxito talvez em razão de que o Coritiba não é mais muito respeitado, mas agir como criança em bate-boca não nos dignificou.
Quanto a qualificar a atitude do rival como igual à prática fascista, a comparação é pertinente. Mas o presidente tem que ficar atento para o fato de que a prática poderia ser apontada também como comunista,ambas ideologias totalitárias, e é melhor não misturar futebol com pensamentos políticos. Espero que a atitude não tenha sido inspirada em manobra diversionista, a exemplo do que usaram e usam alguns governantes que direcionam o povo para um inimigo externo de modo que esqueçam temporariamente os graves problemas que enfrentam. Exemplo histórico foi a atitude do presidente Galtieri, da Argentina, que em 1982, diante de inflação descontrolada e caos social, decidiu declarar guerra à Inglaterra invadindo as ilhas Malvinas – ou Falklands – o que por algum tempo uniu o povo em face do inimigo externo, fazendo com que esquecesse os problemas, mas resultou em desastrada derrota.
Por fim, e para justificar o segundo título da coluna, comenta-se que o rival estaria apoiando reforma constitucional para diminuir a maioridade penal. Afinal, foram vítimas de um menor de 17 anos de idade no clássico.
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