Bola de Couro
Mais uma vergonhosa apresentação do Coritiba, mantendo a regularidade de fracassos que começaram na primeira rodada. Penúltimo colocado, com horizonte próximo de passar para último, segunda pior defesa do campeonato com média de dois gols sofridos por partida e um dos piores ataques.
O que dizer de um time assim se não o que todos nós estamos dizendo há muito tempo?
Tivemos o que eu chamei de “canto do cisne” no começo do semestre, parecendo que sob o comando do Kosloski estávamos nos encaminhando para a redenção, mas logo a dura realidade se escancarou.
Em todos os setores o time é fraco e compromete, mas ontem dois jogadores se destacaram, Gabriel e Robson, mostrando-se os símbolos da má qualificação geral.
O goleiro, pelo “frango”, que talvez se pudesse atenuar já que os melhores goleiros os sofrem (lembram do gol do Internacional contra o Botafogo?). Mas não bastasse a falha, tivemos ainda que ver uma atuação estranha do arqueiro, digna dos melhores atores canastrões. Sofrido o gol, colocou a mão na coxa, onde seria a suposta lesão, e pediu para sair, como se o “peru” decorresse do ferimento. Depois, no banco de reservas, o repórter da transmissão disse que a alegada lesão fora na panturrilha...
Há algum tempo o Gabriel não dava segurança, especialmente no quesito de saída do gol. Não que saísse mal, na verdade ele não sai. Cruzamentos para a nossa área se não forem obstados pelos defensores resultam em perigo de gol, quando não gol marcado. O Gabriel não intervém nesses lances.
Um papelão de um jogador que se dizia era líder entre os companheiros.
E O Robson por ser o mesmo de sempre, notabilizado por muito mais perder do que fazer gols e ontem, não bastasse, cometeu o pênalti que gerou o primeiro gol do Fortaleza e chutou bisonhamente a penalidade máxima marcada em nosso favor. Um time no qual para alguns o Robson é destaque e esperança de gols sem dúvida teria que fracassar. A torcida do Fortaleza gritou o seu nome e o ovacionou, fato que ficará na história das bizarrices do futebol.
Ambos foram o retrato de um time fraco, sem personalidade e sem um mínimo do que conhecemos como prática de futebol. Infelizmente, como vinha ocorrendo com os anteriores, o treinador está concorrendo para que a fragilidade técnica dos atletas se mostre. É certo de que o material de que dispõe é de segundo quilate, mas insistir em esquema que não vem funcionando, quando o Coritiba deveria jogar conforme as suas limitações, ou seja, fechado, com o meio de campo mais povoado, e sem invenções como o comando para o Moreno jogar como um antigo ponta-esquerda.
Não consigo ser otimista como uns poucos que vejo ainda são. A série B está ali, é praticamente impossível que escapemos. A SAF ainda não disse a que veio e não há tempo para que faça algo diferente da mediocridade com que atuou nas contratações. O enfoque mereceria uma coluna exclusiva para mostrar pontualmente os erros dos dirigentes contratados, mas deixo para outra hora.
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