Bola de Couro
Mais um jogo sem vitória, o sexto consecutivo, três deles empates em casa.
Para um time que pretendia disputar os primeiros lugares, como dizia a direção no início do campeonato, o caminho não é promissor. Vencer em casa é fundamental para qualquer equipe que deseje alguma conquista. Vencer todas é improvável, mas ao menos deve vencer a maioria das partidas e especialmente previsíveis, pois do contrário não há como fazer boa campanha.
Hoje a equipe começou muito mal, com destaque muito negativo para o Léo, que nem sequer dominar a bola sem adversário a acossar pareceu saber e deixou o time totalmente exposto pelo seu lado, exatamente por onde nasceu a jogada do primeiro gol do Vasco, quando a zaga também falhou na disputa da bola com o atacante.
Mal também o Galdezani que, como disse na coluna anterior, depois que foi definitivamente contratado esqueceu do futebol que havia nos encantado. E ele concorreu para o inesperado gol do empate do Vasco ao despachar para escanteio uma bola da qual poderia se livrar com facilidade já que não havia adversário perto (aliás, a bola ia em direção ao Márcio e o Galdezani se precipitou). Antes o Wilson se atrapalhou, contando com o concurso da falha de dois defensores que deixaram a bola mal ajeitada para ele. E depois, falhas graves de marcação quando da cobrança do escanteio, deixando o Wagner cabecear totalmente à vontade. Enfim, uma sucessão de erros e culpados na mesma oportunidade.
Inadmissível que o time conquiste o gol da virada aos 42 minutos da segunda etapa e não tenha sabido segurar o jogo por apenas quatro minutos! Desde criança, assistindo aos jogos do União Barigui (ainda existe?), ouvia a instrução da sabedoria popular: “bola para o mato, que o jogo é de campeonato”.
Apresentações positivas as do Anderson, Tomas Bastos e Neto Berola, que se saíram melhor dos que os substituídos, assim como a do Kléber que mostrou como é fundamental para o time. Lamentavelmente não vai jogar grande parte do resto do campeonato, mesmo que eventualmente seja reduzida a sua pena de suspensão.
O Coritiba hoje foi mais bravo (salvo a partir do segundo gol) do que técnico, mas isto é pouco. Se o time quer chegar a algum lugar que não seja o de mero coadjuvante para apenas se manter na primeira divisão, não pode deixar de somar a maioria dos pontos que disputa em casa e nem ter momentos de relaxamento como teve hoje ao final do jogo, assim como já ocorrera nos primeiros minutos do jogo com o Grêmio. E tem que voltar a vencer em casa já na próxima segunda-feira, contra o Sport, é indispensável. Os jogos subsequentes são contra o Avaí fora de casa, e em seguida o Fluminense no Couto. Em tese – em tese, porque em futebol e com o Coritiba nunca se sabe – todos são jogos onde a probabilidade de vitória é grande. É exigível que Coritiba consiga pelo menos sete pontos – não dá para se contentar com menos. Se tiver sucesso nesses três jogos poderá retomar forças e dar esperança de que poderemos aspirar uma boa classificação. Do contrário, estaremos no caminho de mais um ano como coadjuvantes.
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