Bola de Couro
Tal como 99,999999% da torcida, não pude assistir ao jogo de ontem contra o Foz do Iguaçu, quando, ao que parece, o Coritiba teve um bom desempenho, o que se supõe tão somente pelo folgado placar. Pude ver apenas os gols via internet, pois nem mesmo a TV nacional os mostrou.
Enquanto o Coritiba não voltar a ser o grande clube que um dia foi, infelizmente ficaremos privados de assistir aos jogos pela TV paga e os gols pelos noticiários nacionais. E os torcedores que são alcançados pela TV aberta limitados um ou outro jogo, isso se residentes na grande Curitiba. Restará o testemunho dos que irão ao estádio nos jogos em casa, poucos certamente tanto pelo fato de o time não entusiasmar como pelo pouca atratividade do campeonato estadual. Claro, sempre há como ver os ditos melhores momentos na internet, mas eles nem sempre retratam perfeitamente os jogos. Mas enfim, é o que resta para a absoluta maioria da torcida.
Voltando ao jogo de ontem, mesmo que a apresentação da equipe possa ter sido boa, não há como se entusiasmar ainda. Se Iago e Kady, que sempre tiveram pouco futebol e marcante irregularidade, se destacaram, o fato não é animador, pois não é crível que tenham aprendido a jogar bem na linha da exigência que se requer para um time confiável. Alguns nomes do elenco estão no mesmo patamar, restando ainda a observar os novatos, ditos erroneamente pela mídia como “reforços”, quando na verdade parecem apenas “reposições”.
E não dá para se entusiasmar também em razão da manutenção do fanfarrão treinador Argel, muito bom nos microfones, mas comprovadamente fracassado em quase toda a carreira.
E infelizmente também ainda não tive ainda razões para crer que a direção tenha aprendido com os incontáveis erros do no passado, em campo e fora dele. O susto com o pedido de impeachment não parece – ao menos externamente – ter sido aprendido. A interferência do ex-presidente Vilson não se sabe até que ponto foi admitida pela até agora soberba direção, mas mesmo que seja importante talvez não traga resultados curto ou médio prazo. Até porque o Vilson não tem o dom do milagre, tem qualidades, mas também limites. Da atual direção do Coritiba deve-se exigir tal como para o pecador arrependido, ou seja, atos eficazes para um dia reabilitar a si e ao clube.
Diante desta perspectiva realista – que deslumbrados talvez possam afirmar pessimista – depois de muitos e muitos anos pagando antecipadamente a anuidade de associado desta vez preferi parcelar no cartão de crédito. Sou associado por ter o Coritiba na minha raiz, não tendo proveito direto, uma vez que nas poucas vezes que vou a Curitiba prefiro – em razão da idade – assistir aos jogos das cadeiras sociais, pagando ingresso e não usando o setor correspondente ao meu plano. Não decidi pelo parcelamento com satisfação, vi amigos fiéis torcedores até anunciando a suspensão do pagamento. Acho que não é para tanto, mas respeito as suas decisões, afinal, este Coritiba não é o que sempre conhecemos e admiramos e é mesmo difícil pagar para pouco ou nada receber em troca.
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