Bola de Couro
Ontem, contra o Cuiabá, o Coritiba teve tudo em mãos para se firmar na terceira colocação e continuar o difícil caminho para retorno à série A. Esteve por três vezes na frente do placar, mas por três vezes deixou o modestíssimo adversário empatar aproveitando-se de nossas deficiências defensivas.
Nosso time não é bom, estamos surrados de saber disso, mas mesmo assim poderia, ainda que aos trancos e barrancos, ir conseguindo uma vitória aqui e outra ali como já aconteceu quando enfrentamos os times pior colocados na tabela.
Ficar por três vezes na frente do placar e deixar que o resultado final seja de empate demonstra – além de reafirmar a carência técnica – que o grupo não tem aquele algo a mais que todos os times devem ter, qual seja personalidade forte para saber manter um bom resultado. Em campeonatos disputadíssimos, onde um ponto pode ser o sucesso ou a ruína, não dá para perdoar um revés como o de ontem.
Empate fora de casa é bom, já disseram alguns conformados. Depende das circunstâncias. Quando o time precisa muito da vitória e a joga fora como ontem, definitivamente não é um bom resultado.
Propiciamos um gol do adversário através de cabeceio de bola a meia altura, permitimos outro com o avante pulando quase sozinho – como tomamos gols de cabeça! – e um outro em que um veterano pôde chutar com facilidade posicionado de modo frontal à área. A zaga está comprometendo há algum tempo, e já passou da hora de tentar o Rafael Lima no lugar do Romércio.
Com a saída do Rafinha – o melhor do jogo – e do Serginho, houve uma queda de produção marcante, já que na meia cancha o Juan Alano mostrou o quanto é irregular, medíocre que foi ontem, e o Giovani, ainda que por alguns momentos estivesse bem, em outros parece totalmente ausente da partida.
As substituições pioraram o time. Kelvin já participou o suficiente de jogos para que se veja que foi um grande erro de contratação. Nathan, pelo que mostrou até agora, não deveria nem mais constar do banco de reservas. Deve ser ressalvado apenas o Matheus Bueno que, ainda que tivesse uma apresentação apenas razoável, entrou em um mau momento do jogo e ainda não pudemos vê-lo melhor por não tem sido aproveitado em outros jogos.
Mesmo com essa constatação, indago se o Coritiba teria algo melhor no banco de reservas de ontem para usar em lugar dos substituídos e não encontro respostas. Mateus Sales estava suspenso, e com Vítor Carvalho e Thiago Lopes sempre decepcionando, restava o Luiz Henrique, que também não é um primor. No ataque, dentre os reservas talvez só o Wellisol que, ainda que improdutivo, mantém a bola na frente, condição importante para manter o placar.
Enfim, tudo indica que vamos continuar sob tensão e sofrendo por muito tempo.Ainda podemos subir, mas não está nada fácil.
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