Bola de Couro
Uma derrota vexatória pelo primeiro tempo de jogo, para a qual concorreu de forma marcante a irresponsabilidade do técnico Marcelo Oliveira ao insistir na invenção que fizera quando do jogo contra o Flamengo e que ali já não dera certo.
Futebol não se resolve com mágicas, mas sim com seriedade e bom senso. Uma equipe limitada como a do Coritiba, precisando conseguir pelo menos um ponto em jogo fora de casa, não poderia entrar em campo do modo como entrou, jogando desligada e confusa na primeira etapa, notadamente a defesa através do Márcio que participou negativamente das jogadas dos dois primeiros gols do adversário. Se contra o Flamengo, em casa, jogamos defensivamente e por uma bola, o bom senso indicava de modo gritante que com mais razão deveria ser assim em Belo Horizonte, ainda mais considerando que tínhamos três desfalques muito importantes. E se contra o Flamengo a invenção com Léo e Dodô não dera certo, qualquer técnico de time de bairro saberia que não era possível repetir a experiência.
Não foi uma noite feliz no primeiro tempo para toda a equipe e desta vez também para o Wilson, mas podemos absolvê-lo uma vez que o seu crédito é enorme e os gols que tomou não eram tão evitáveis como alguns estão dizendo.
Mas mais infeliz foi a noite do Marcelo Oliveira. Primeiro pela invenção, que foi de fazer inveja ao dia em que o Carpegiani escalou um zagueiro como centroavante (os mais velhos devem lembrar), e depois por manter o Daniel na reserva. A sua entrada mudou o panorama do jogo e mostrou que já deveria ser titular induvidoso. Não sei se poderá jogar contra o São Paulo, de quem é emprestado, mas vamos torcer que sim, pois parece ser o único meia propriamente dito do time. Não dá para esquecer que o tão criticado Henrique Almeida em poucos minutos fez muito mais do que o Kléber.
O panorama ainda é preocupante, mas não é desesperador. Temos que jogar por nós. Uma vitória em um dos próximos jogos poderá resolver. Mas não será fácil, o São Paulo não é adversário fraco, assim como não é a Chapecoense que talvez esteja lutando por uma classificação melhor no último jogo.
Penso que para nós o melhor resultado amanhã no jogo entre Fluminense e Ponte Preta talvez seja o empate, deixando o time de Campinas a três pontos de nós e o Fluminense ainda na zona de risco, o que exigirá que vença ao Sport na rodada seguinte (ou com empate os dois marcarão passo). Depois Ponte Preta e Vitória se encontram e conforme o resultado ambos podem morrer e o derrotado certamente. O Avaí ainda não está matematicamente morto, mas as suas perspectivas são muito ruins.
Um aspecto positivo nos confrontos é que entre os “rebaixáveis” o Coritiba tem uma vitória a mais do que os demais e somente o Fluminense tem saldo de gols melhor do que nós.
Tudo isso poderá ser apenas especulação minha se o Coritiba fizer a sua parte. Como disse, temos que jogar por nós e só em último caso ficar na torcida por tropeço dos adversários diretos. Com seriedade, com autocrítica quanto aos limites da equipe e com a escalação de quem está bem e não de quem pensa que joga futebol somente com apoio no nome.
Domingo a torcida tem que ajudar como fez no jogo contra o Flamengo, mas que não sejam os modestos e bravos 14.00 pagantes (parte deles flamenguistas) e sim o estádio lotado.
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