Bola de Couro
O placar do jogo de hoje é daqueles que não permitem contestação e nem dúvida sobre qual o time melhor e merecedor do resultado.
Na semana passada assisti a uma boa exibição do Coritiba contra o Uberlândia, ocasião em que fiquei esperançoso com a evolução do time. Certo, o Uberlândia é um time fraco, está lutando para não ser rebaixado no campeonato mineiro. Mas amigos, lembremo-nos que até há poucos dias não vencíamos times pequenos ou quando vencíamos era sem convencer.
Hoje, através das narrativas do rádio, dos comentários dos amigos Coxanautas e dos lances que assisti no Globo Esporte logo após o jogo, senti que realmente está havendo evolução.
Muito ainda temos que crescer para que o campeonato estadual não nos iluda como aconteceu no ano passado. Se para o campeonato paranaense o time se mostra forte, o mesmo não se pode dizer para quando da epopeia que será a luta para voltar à série A. A nova geração, prata da casa, parece que está se impondo, ao mesmo tempo em que os “cascudos” contratados na atual gestão que já participaram de jogos – Benitez, Simião e Pablo – pouco ou nada mostraram, o que indica que o Coritiba neste enfoque continua sem saber buscar bons jogadores no mercado. Ainda temos que aguardar as estreias de Alvarenga e Alex Alves, torcendo para que se afirmem.
Mas voltando ao jogo, cabe o registro da excelente atuação do Júlio Rusch, que teve participação direta nos três gols, lançamento em dois e cobrança de escanteio em outro. (Um parêntese: o lançamento para o terceiro gol foi precioso e chamou a atenção o fato de o Guilherme Parede preferir levantar e seguir com a bola quando muitos outros, nas mesmas circunstâncias, rolariam no chão aguardando a marcação de pênalti). Ele, o Júlio Rusch tem sido muito regular e até agora tem sido o nosso melhor jogador. Espero que o Coritiba tenha um contrato que o segure no clube, de modo que no futuro possa assegurar uma boa transação com ingresso de renda substancial para os cofres do clube. Chega de perder jogadores por valores vis ou trocas que não dão certo.
Ao tempo em que o Júlio Rusch se destacava e se firmava no Coritiba, a família coxa-branca perdia um ardoroso torcedor, o Júlio Cesar da Silva Jr, o famoso jcesar. Era um sistemático defensor do Coritiba nestas páginas, na alegria e na dor, às vezes se destemperava nas discussões, mas sempre foi autêntico. Eu vinha estranhando a ausência dele nos comentários e cheguei a supor que poderia se tratar de questão de saúde, uma vez que o Júlio Cesar era da velha guarda dos coxas e ocupava uma faixa de idade na qual os percalços com a saúde podem aparecer a qualquer hora. A lamentar que nos seus últimos anos de vida tivesse que ver o seu clube somando fracassos. Mas certamente, pela longa vida que teve, viveu antes muitos momentos de glória que sustentaram o seu amor pelo Coritiba.
A roda da vida andou, foi-se um Júlio e está chegando outro. O que chega traz esperanças, e o que se foi deixou registro do seu ardor como torcedor apaixonado.
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