Bola de Couro
O Couto Pereira foi inaugurado, com o nome de Belfort Duarte, em 12 de outubro de 1932, após o clube ter passado por dois locais, o Jockey Clube e o Parque da Graciosa.
Para a construção do estádio o Coritiba devolveu à família Iwersen o terreno do Parque da Graciosa, recebendo indenização de 13.000 contos de réis pelas benfeitorias erguidas no local. Com esse dinheiro e com mais 120.000 contos de réis obtidos de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, foi comprado o terreno onde está o estádio e iniciada a construção, que resultou em um estádio com arquibancadas de madeira.
A inauguração aconteceu em jogo contra o América-RJ, ocasião em que a bola foi lançada ao campo por um avião. Vencemos por 4 x 2.
Em 1942 o Coritiba inaugurou a primeira iluminação de um estádio de futebol do Paraná, jogando contra o Avaí-SC, concidentemente, tal como na inauguração, vencemos por 4 x 2.
Em 1956, com Arion Cornelsen assumindo a direção do clube, tratou ele de reformar completamente o estádio, com recursos obtidos através do “Bolão Esportivo”, percussor da loteria esportiva e que fez grande sucesso na cidade. As obras iniciaram em 1956 com a primeira etapa se constituindo nas arquibancadas de cimento (hoje denominadas de “inferiores”), inauguradas em 12 de outubro de 1958.
As obras prosseguiram até 1963, quando Arion deixou a direção do clube, mas foram retomada na gestão de Evangelino Neves, com aquele colaborando e a empresa de Edson Mauad se encarregando da construção. Nesse período, os recursos foram arrecadados com promoções de sorteios de carros – eu mesmo vendi muitos carnês no meu local de trabalho – da venda de cadeiras perpétuas e até do resultado da venda do craque Dirceu ao Botafogo em 1972.
O estádio, como hoje está, foi concluído em 2014 com a construção do setor Pro-Tork, através de recursos obtidos por empréstimo da empresa do mesmo nome.
Como se vê desta rápida e incompleta história, construímos o nosso estádio com esforços próprios, sem depender do poder público. Aliás, quando quisemos algo, buscamos o terreno onde hoje está a igreja do Perpétuo Socorro, onde se previa a construção do estacionamento, o então prefeito Ney Braga vetou e doou o imóvel para a arquidiocese.
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