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Bola de Couro
Li que o presidente Rogério Bacelar, por ocasião do lançamento dos novos uniformes do Coritiba, teria dito que neste ano de 2016 o clube iria ter como meta no campeonato nacional a classificação para disputar a Copa Libertadores da América.
A afirmação me deixou de um lado preocupado, e de outro entusiasmado. Vamos por partes.
Fiquei preocupado porque se o ilustre presidente Bacelar pensa que com o plantel e com o técnico que temos estaríamos à altura de obter uma classificação entre os quatro melhores do Brasil, sem dúvida é um mero desejo dele como torcedor, sem apoio na realidade. Para aspirar tal conquista precisamos, quando menos, de mais um goleiro confiável, laterais para os dois lados uma vez que o único bom é veterano e nem sempre estará presente, de manutenção dos atuais zagueiros (fala-se que o Juninho estaria sendo negociado com o Flamengo, logo o Flamengo que é famoso por não honrar as suas contas), induvidosamente de outros volantes em lugar do tosco João Paulo e do Alan Santos (este com a deficiência agravada pela falta de autocrítica, pois se pretende um craque), bem como de meias articuladores já que dentre os atuais apenas o Juan mostra qualidade. No ataque, enquanto o Kléber agir como Gullíver, mostrando-se um gigante contra os pequenos e se apequenando contra os grandes, certamente necessitaremos de reforço (espero que ninguém me conteste falando que temos o Leandro...).
Mas quem sabe estou interpretando mal a afirmação do nosso presidente? Quem sabe ele a fez por ter em mira - ou até já encaminhadas - contratações para suprir o time das suas deficiências? Quem sabe vai nos surpreender e finalmente montar um bom time?
Espero que a afirmação não seja um mero desejo de torcedor do presidente, e sim contenha uma promessa implícita de boas novidades. Pensamento positivo e desejo de vencer são importantes, mas pouco valem se sem apoio na realidade e nas possibilidades. Aguardemos, mas não temos muito tempo, sábado começa o campeonato brasileiro e ontem iniciamos mal a Copa do Brasil.
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11 Ver todos os comentáriosO nome “Bola de Couro” serve para revelar a geração do autor, que acompanha o Coritiba desde o tempo em que elas eram efetivamente de couro natural, e não sintéticas como hoje. Além de estar atento ao futebol moderno, especialmente graças à tecnologia que tornou o mundo uma aldeia global, o blog de vez em quando trará algumas reminiscências das tantas glórias de que o Coritiba é coberto e que estão mais na memória de cada um do que em imagens físicas, atendendo também a um nicho da “velha-guarda” de Coxanautas que se manifestou desde a primeira coluna do autor. Mas todos, de qualquer geração, serão bem-vindos a colaborar e criticar em espaço que se pretende democrático.
Benedito Felipe Rauen Filho, conhecido como Felipe Rauen, é coxa-branca de terceira geração, pois tanto seu avô como seu pai também o eram. Em parte da infância e da juventude morou na rua Maria Clara, a cem metros do estádio do Coritiba, do qual desde casa sentia o "cheiro". Transferiu residência para o Rio Grande do Sul em 1976, onde iniciou carreira como Juiz de Direito, hoje aposentado. Está aculturado naquele Estado em vários aspectos, mas jamais no futebol, pois não adotou time local e torce somente para o Coritiba. É conhecido em todos os círculos que frequenta em terras gaúchas como coxa-branca, conseguindo que inúmeros amigos gremistas e colorados tenham o Coritiba como segundo time ou pelo menos mostrem por ele simpatia. Em 2009 se tornou Cônsul do Coritiba em Porto Alegre, permanecendo por vários anos. Cardiopata, dá trabalho regular ao cardiologista em razão das emoções vividas com e pelo Coritiba, mas tem certeza de que o coração coxa-branca se manterá forte ainda muito tempo para ver o clube alcançar mais e mais glórias.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)
