Bola de Couro
Vencemos novamente, a primeira em casa e a primeira com virada de placar quando o gol do adversário, nos primeiros minutos, não abalou psicologicamente a equipe como vinha acontecendo.
É um momento promissor, devemos ter confiança no time, mas sem euforia de alguns vejo nas redes sociais e até aqui em comentários de leitores.
Sou um pouco como o personagem de José Hernandes, Martin Fierro, que dizia ““El diablo sabe por diablo / Pero más sabe por viejo”.
Em outras palavras, sei que a confiança despertada nos últimos dois jogos deve gerar otimismo, mas combinado com cautela. Temos ainda muito que caminhar para deixar a condição de meros figurantes ou coadjuvantes do campeonato. O time parece estar se ajustando, mas, sem desmerecer os resultados, não podemos esquecer que as vitórias vieram contra dois dos mais fracos times do campeonato.
Ver o Henrique jogando bem depois que falhou no gol do adversário não me convence do seu futuro, pois o passado próximo é recheado de falhas. Ver o Robson sendo escolhido o melhor em campo é surpreendente, um ponto fora da curva, e teremos que ainda vê-lo repetir a atuação para não ser aquele atacante que mais perdia do que fazia gols, confiemos.
Por outro lado, ver o desempenho estável do Natanael, do Diogo Batista, do Jamerson e do Marcelino Moreno foi um alento. A propósito, ainda não consegui entender porque o meia argentino sempre é substituído. Seria pela condição física?
Outro ponto positivo está sendo o técnico interino, que está mostrando saber ler o jogo no seu transcurso e mudar as peças de modo positivo. A fala do Zago sobre a qualidade dos jogadores foi determinante para a sua demissão, mas é inegável que deu uma sacudida nos brios do elenco que agora está nas mãos do Kosloski que parece ter conseguido equilibrar os ânimos.
Domingo teremos o que se chama de prova de fogo, enfrentando o Cruzeiro em Belo Horizonte onde, ao que lembro, nunca o vencemos. Se passarmos pelos mineiros com pelo menos um empate, ou quiçá uma vitória, certamente teremos a prova de que há evolução. Não será fácil, mas mesmo uma derrota, dependendo das circunstâncias, não deverá abalar a nossa confiança na recuperação do time. Sempre com os pés no chão e sem euforia, insisto.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)