Bola de Couro
O empate de ontem, contra o Bahia, foi um resultado indesejado, mas justo pelo que a equipes fizeram e deixaram de fazer. Ambas perderam gols, alguns por azar, outros pela boa atuação dos defensores adversários e outros por imperícia. Se nós tivemos clara oportunidade de marcar na última bola do jogo, os baianos a tiveram no penúltimo lance capital.
Enfim, o típico empate com sabor de empate.
Alguns fatores talvez possa explicar o mau resultado. Um sem dúvida foi má jornada do Galdezani, o que fez com que os baianos levassem a melhor na meia cancha (com ressalva para a boa jornada do Alan Santos). Outro fator se prende a uma sensível diferença entre o futebol do Willian Mateus e o do Thiago Carleto. E outro, para logo a seguir passar para o enfoque do título da coluna, o modo de jogar exageradamente lateral do Rildo, que atuou como os antigos ponteiros esquerdos, participando do jogo somente pelo seu setor, quando há muito o futebol exige envolvimento em diversos setores do campo.
Mas lamentavelmente o destaque da partida e que levou o Coritiba a ser objeto de comentários em todos os meios de comunicação esportivos (dando-lhes o que querem para bater em nós), foi o destempero do Kléber, que parecia ter voltado ao tempo em que mais se destacava pela deslealdade, o que se tinha como superado no Coritiba. Desde o inicio do jogo, sem qualquer clima quente que talvez explicasse a atitude, praticou faltas desnecessárias, graves e, repito desleais. Poderia ter sido expulso muito antes e nos levado à derrota se o árbitro visse o pênalti que cometeu.
Kléber tem sido um bom jogador, dedicado e com amor ao Coritiba e o episódio de ontem não apaga isso embora mereça reprovação. Na recaída talvez pensou estar sendo malandro, quando, na verdade, como diz o samba do Bezerra da Silva, comportou-se como um mané. Prejudicou a equipe e a si mesmo, pois não jogará contra o Corinthians, quando seria visto por todo o Brasil em partida fundamental.
Bem, agora é hora de o grupo - comissão técnica, jogadores e direção - tratar de fazer uma autocrítica e preparar o time para enfrentar o Corinthians. Espero que até domingo a barriguinha do Alecsandro diminua.
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O comentário do leitor.
O Coxanautas tem muitos leitores que comentam com propriedade textos dos colunistas, talvez mostrando vocação para a redação esportiva.
Tal como fiz quando em anterior fase do site, ao final dos meus textos vou passar a usar um tópico para transcrever o que alguns leitores dizem. Às vezes, se necessário, resumindo a opinião, para o que peço compreensão.
Começo com o que disse o leitor Tadeu A. (vou usar os nomes como se mostram, ainda que de alguns conheça o nome completo) sobre o incremento do plano de sócios tratado na coluna anterior:
“Temos que mudar a ´cultura` do torcedor Coxa, que oscila bastante em decorrência da performance da nossa equipe no campo de jogo. Qualquer percalço ou sequência de maus resultados, infelizmente, resulta no cancelamento do plano de sócio. Temos que ser mais ´europeus`, ou seja, continuando sócios, independentemente dos resultados. Isso, obviamente, não implica em leniência ou conivência com os eventuais erros ou desmandos perpetrados pelos dirigentes, que devem sempre ser cobrados, obviamente de forma ordeira e pacífica".
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)