Bola de Couro
Assim como todos os torcedores, me entusiasmei com o time quando conquistou o título estadual. Nem tanto pelo campeonato, mas especialmente pela vitória de 3 x 0 na final contra o rival.
Logo em seguida, depois das três vitórias iniciais no campeonato brasileiro, vi o Muricy Ramalho dizendo que até então o melhor time que ele tinha visto era o Coritiba.
Acreditei – ou quis acreditar, Freud explicaria – que tínhamos um bom time.
Maldita conquista e maldito Muricy. Nos iludimos, assim como de modo irresponsável a direção e comissão técnica, e o resultado está aí, série B à vista, ali do nosso lado, com perspectivas de escapar somente se milagres acontecerem.
Contamos com um elenco em parte constituído por descompromissados, que “não estão nem aí”, casos típicos do Alecsandro e Anderson, por pretensos jogadores que não teriam lugar nem em times da terceira divisão, exemplos o Luizão e o Filigrana, além de outros que nunca entendemos a razão de integrarem o elenco, tal como o tal do alemão negociado com o Lincoln (logo com quem) e do Keirrisson (parece que em troca de dívida, o que é patético). A lista toda ocuparia por demais o meu espaço. Nenhum dos nossos novos “pangarés” veio por vontade própria, é claro, alguém os “descobriu”.
E contamos com uma direção inapta, despreparada e com visões equivocadas sobre o futebol. O presidente não entende do “métier”, isso ficou claro desde o início do mandato, o que talvez fosse suprido se ele soubesse trazer para o clube quem efetivamente conhece futebol, mas não, quem teve a tarefa delegada – direção e gerência - realizou contratações equivocadas. A direção inicial se esfarelou, em parte de modo saudável com a saída dos denominados “surfistas”, mas em parte de modo a que ninguém quer ter a responsabilidade pelo fracasso. Na medida em que o time afunda, raros agora têm coragem de aparecer nos meios de comunicação, nem mesmo para falar sobre o cada vez mais distante e irrealizável novo estádio, o que dirá sobre o time.
Ontem mais um prego foi colocado no nosso caixão. O time até que jogou pelo menos dentro do que pode, mas lhe falta qualificação técnica e espírito. Sem contar falhas do comando técnico cuja atuação ficou marcada pela incoerência de afastar o Anderson da equipe por negligente e depois tentar usá-lo mediante substituição equivocada.
Namoramos há tanto tempo a série B e parece que agora vamos casar com ela. E depois, quem assumirá a tarefa de nos reerguer? Haverá alguém que repita a atitude do Vilson Ribeiro de Andrade em 2009? As eleições se aproximam, aguardemos que as chapas não sejam mais do mesmo e que um grupo minimamente confiável apareça, não para reconstruir o Coritiba, mas sim para refundar o clube.
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