Bola de Couro
Aproxima-se mais um atletiba, o maior clássico do futebol brasileiro. Maior sim, por que não? Outros movimentam e motivam tanto os torcedores paranaenses (refiro-me aos paranaenses de marca, que torcem pelos times do seu Estado) como o nosso clássico? Então para nós é, sim, o maior clássico do futebol nacional.
A história dos atletibas, em especial até os últimos anos. a partir de quando alguns passaram a desvalorizar o clássico, é muito rica. Vitórias expressivas que alegraram ambos os rivais, nós muito mais, os números estão aí, e derrotas amargas e às vezes inexplicáveis. Como esquecer a vitória de 3 x 0 sobre eles na baixada em 2011? Mas como esquecer também a vitória deles no então Belfort Duarte por 4 x 3, em 1971? Exemplos não faltam. Goleadas aplicadas e sofridas, gols onde mais parece que o sobrenatural agiu, brigas, erros de arbitragem, tudo faz parte do cardápio do clássico. Enfim, uma disputa que não permite passividade entre os torcedores. Em campo um equilíbrio no mais das vezes, mas nas estatísticas não, pois temos ampla vantagem.
Vamos para mais um clássico, desta vez, como a maioria deles, decisivo. Mas muito mais do que isso, um jogo para podermos sentir com que time podemos contar. O rival tem um time forte, não dá para negar, e os dois próximos jogos servirão não só para decidir quem avança para as finais do campeonato, como especialmente para mostrar quem tem um time que poderá corresponder nas competições nacionais.
Mas cabe lembrar que se a tática e a técnica são importantes, em atletiba fundamental é o comportamento dos jogadores. A disposição, o ânimo para vencer e a superação muitas vezes decidiram o clássico. É um jogo no qual se pode constatar a diferença entre meninos e homens. As vozes no vestiário são fundamentais. Liderança em campo – vejo essa qualidade no Henrique – também é importante. Tudo isso, claro, temperado com bom futebol, pois não se pode pretender que um time seja vencedor sem apresentar-se tecnicamente bem.
Vamos lá, Coritiba. Não estaremos fisicamente no estádio rival (não digo “do” rival, por razões que todos conhecem), mas através do rádio e da TV enviaremos nossas forças para vocês. Seremos uma só voz e uma só alma na quarta-feira.
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