Bola de Couro
Ontem o Coritiba teve uma apresentação primorosa na primeira etapa, só não fazendo um placar folgado por conta da trave, de imperícia na hora do último chute e do azar por conta de bolas que bateram nos zagueiros. Sobre perícia e imperícia, um parêntese para falar do Wellissol. É muito hábil, rápido e tudo indica que deverá se destacar. Mas tem que compreender que ele é integrante “do” time e não “o” time, e deixar de ser “fominha”. Não fosse, talvez tivéssemos feito um placar que garantisse a vitória.
A meia cancha foi muito bem, com destaque para Juan Alano e Mateus Sales (quanto diferença para o Vítor Carvalho...), os dois que, aliás, estão sendo fatores decisivos para a recuperação do time desde a derrota para o Criciúma, atuando como marcadores e armadores. Giovani não foi espetacular, mas deu conta do recado, mas mais uma vez recebeu cartão amarelo por reclamação, o quarto no campeonato, tendo participado de apenas nove partidas e nenhuma por todo o tempo, o que é uma média altíssima. Precisa de um puxão de orelhas bem dado.
Mas no segundo tempo o time entrou em campo parecendo que tinha tomado um sonífero no vestiário, ou que se sentia dono do jogo, mostrando-se completamente diferente do Coritiba que fez a primeira etapa. Com salto alto, como se diz. A autossuficiência custou caro, pois na primeira metade da segunda etapa o Vitória fez o gol do empate – não culpem o Muralha, a bola claramente foi desviada ao bater nas costas do Mateus Sales.
Aí o time acordou e passou a jogar tal como na primeira etapa, mas mais uma vez o azar e a trave impediram o nosso triunfo. Pagamos pelo modo frouxo e soberbo como entramos em campo na segunda etapa.
Mas considerando a campanha que mantemos, não podemos lamentar muito o resultado, que devemos tratar como um acidente comum em futebol. Não é raro um time jogar melhor, às vezes massacrar o adversário, mas o gol não sair.
Temos que manter o equilíbrio mostrado até agora – fora os momentos de ontem – e tratar de disputar jogo a jogo. A partida seguinte sempre deve ser a mais importante. Temos que nos manter entre os quatro primeiros, de preferência com boa distância para os que se seguirem na tabela. Ser campeões da segundona não importa muito, até porque não é título considerável.
Enfim, parece que encontramos o rumo, mas temos que saber mantê-lo, com confiança, mas com humildade e com os pés no chão.
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