Bola de Couro
Ontem, contra o modestíssimo Vila Nova, que não vence em casa há sei lá quanto tempo, o Coritiba teve – na bem-apanhada expressão de um leitor comentarista do site – mais sorte do que juízo.
Novamente uma exibição pífia, com erros que se repetem.
No primeiro gol sofrido uma reedição de muitos que temos tomado, ou seja, bola pelo alto sem que os nossos zagueiros saibam enfrentar. Dos zagueiros atuais o Sabino é o melhor, inclusive nas suas incursões ao ataque, mas no jogo aéreo deve muito. O Romércio, que vive a nos dar sustos, merece uma análise à parte.
No segundo gol do adversário, uma patuscada do suposto jogador de futebol Vítor Carvalho que, ao contrário do que pode parecer em uma primeira visão do lance, não perdeu a bola para o adversário, mas sim a entregou de bandeja, repetindo o que já fizera quando permitiu que o Londrina virasse o placar em jogo que parecia definido em nosso favor. Ele também merecerá uma observação logo adiante.
Na meia cancha o Mateus Sales ou desaprendeu ou foi contaminado pela ruindade do Vítor Carvalho, pois nada jogou e insistia em entregar a bola aos adversários. Um dos poucos acertos do Jorginho foi retirar os dois no intervalo.
Na frente, o Rodrigão, sempre com sobrepeso, há muito tempo está devendo e nos deixa em dúvida sobre qual o verdadeiro Rodrigão, o que encantou nos primeiros jogos ou o ineficiente e ausente dos últimos. Como diz o povo que a última impressão é a que fica...
O fato de que desde a vinda do Jorginho a campanha tem sido boa não pode ser justificativa para acreditar no time - mas torcendo sempre para que siga em frente mesmo aos trancos e barrancos – pois, ainda que vencendo ou empatando os últimos jogos, o time não desperta nenhuma confiança e nos deixa temerosos de que, quando enfrentamos os melhores da competição – ou até os medianos – o sucesso obtido nos últimos jogos, mais ao acaso, não se repita. É bom observar que nas últimas quatro partidas vencemos os clubes que estão em 13º, 19º e 20º lugar na classificação e ontem empatamos com o que ocupa a 18ª posição e que em casa venceu apenas uma(!) partida.
Mas dei à coluna um título que tenho que justificar.
Refiro-me ao mistério que sustenta as escalações do Vítor Carvalho e do Romércio. O primeiro, que há pouco renovou contrato por três anos, com direito a foto com o presidente, está, assim como o segundo, entre os denominados “pratas de casa”, jogadores que normalmente – não é o caso – despontam e permitem aos clubes boas receitas com suas negociações. Desde o reingresso dos dois no time a decadência técnica do Coritiba é visível. Não vejo explicação razoável, sabendo-se que Rafael Lima, ainda que não seja um primor é bem melhor do que o Romércio (o novato Nathan ainda não pudemos conhecer) e que como volantes temos o Luiz Henrique e o Mateus Bueno, que piores do que o indigitado Vítor Carvalho não são e nem podem ser. A resposta que me ocorre é somente tentativa de colocá-los na vitrine para negociação, ainda que com o custo do mau desempenho do time. Ou haveria outra?
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