Bola de Couro
Conseguimos a classificação para a semifinal do campeonato estadual, ainda que “na bacia das almas” como se dizia antigamente. Foi bom, sempre é positivo, e melhor ainda quando vemos que o rival não conseguiu o mesmo resultado.
Mas vamos com calma, sem muito entusiasmo, pois as apresentações e perspectivas do time não permitem ainda esperar muito. Segundo tudo que ouvi e li, inclusive dos comentários dos leitores (os amigos sabem que como o Coritiba não contratou o PFC não posso ver os jogos), o time mais uma vez não convenceu e, pior, continua com deficiente preparo físico, fato que já apontei aqui há algum tempo e por mais de uma vez.
Nos últimos anos foram constantes os jogos em que muito antes de terminar vários jogadores nossos se mostravam “entregues” e muitas vezes o esforço muscular levava a lesões aparentemente inexplicáveis. Sei que sou apenas um curioso e que o simpático preparador físico do Coritiba, filho de conhecido comentarista esportivo, tem larga bagagem no futebol – esteve sete anos no Goiás - e não posso ir além das minhas chinelas para contestar o seu trabalho. Mas, na minha visão de leigo e vivido no futebol, parece-me que o alguma coisa não vem dando certo. Se assim aconteceu em um ano e vem se repetindo em outros, há um provérbio chinês que talvez se aplique: Cavalo ganhou uma vez, sorte; cavalo ganhou duas vezes, coincidência; cavalo ganhou três vezes, aposte nele! Em outras palavras, nem tudo é acaso, nem tudo é sorte ou azar, sempre há uma causa.
Mas, voltando às expectativas, pelos comentários aqui no site e em redes sociais vejo que a expressiva maioria da torcida do Coritiba está consciente e bem realista, sabendo que não dá para se entusiasmar e muito ainda tem que ser feito. Realista, em que pese alguns confundam, não é ser pessimista. Realistas são os que conhecem bem o futebol e o vivem há muito tempo e sabem que dois ou três bons resultados só animam se com apresentações convincentes, o que ainda não ocorreu. No momento do Coritiba ser realista é o único modo de pensar lúcido. Ser otimista é impossível.
Isso não significa que não tenhamos esperança, afinal é dela que vivemos há muitos anos. Mas o time, especialmente o clube por sua direção, tem que nos dar alimento para cultivar o sentimento de modo a não ver tudo ruir no final como vem sendo nos últimos anos.
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Como os tempos atuais não nos dão alegrias, de vez em quando vou trazer reminiscências do tempos em que o Coritiba era efetivamente glorioso.
Em 1947, ano em que nasci, o Coritiba foi campeão nas quatro modalidades que eram disputadas naquela época (não havia torneios nacionais e nem interestaduais), profissional, aspirante, amador e juvenil. Era comum os jogos das demais categorias serem disputados em preliminares do jogo principal, e assim continuou a acontecer por muitos anos.
O time base tinha Nivaldo, Fedato e Renê; Tonico, Cartola e Lanzoni; Baby, Merlin, César Frizzo, Gouveia e Paulinho (foto acima).
Lamento muito o afastamento do confrade Sérgio Brandão. O Coxanautas fica com uma grande lacuna. Espero que seja temporário e que logo volte a nos brindar com os seus textos.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)