Bola de Couro
Fiquei devendo aos amigos a minha apreciação sobre a derrota sofrida para o Grêmio na última quinta-feira, uma vez que viajei na madrugada de sexta-feira e não tive tempo.
Agora, depois de ver aquele jogo e o de ontem contra o Cruzeiro, quando alcançamos a marca de cinco jogos sem vitórias, com apenas dois gols marcados em todas elas, a conclusão inarredável é de que nos iludimos e o time não é tudo isso que pensávamos (ou que quisemos pensar, carentes que somos de sucesso nacional).
Os salários estão em dia e entre o grupo reina harmonia, disse-me aqui em Porto Alegre o dirigente Ernesto Pedroso, a quem tive o prazer de conhecer.
Então, não há outra explicação para o fracasso do momento que não carências do elenco, individuais em relação a alguns, coletivas na soma das peças de reposição, e falhas na formação tática com o técnico não se mostrando feliz na escalação de alguns e nem nas substituições que promoveu ao longo dos jogos.
Sem dúvida é fundamental para o fracasso do momento a falta do Kléber e do Anderson, mas o Coritiba, assim como nenhum time, pode ficar na dependência de dois ou três jogadores para ter sucesso. Atualmente estamos dependendo muito do excelente Wilson e não quero nem pensar o que acontecerá se ele vier a sofrer lesão ou ser suspenso.
Anderson deve voltar em breve, mas dificilmente em plena forma em razão da longa inatividade. E o Kléber seguramente ficará um bom tempo longe do time. A sua irresponsabilidade está custando muito caro para o time e ainda custará. A acusação que sofre o dá como infringindo os artigos 254-A e 254-B, do CBJD e as penas previstas são de suspensão de quatro a doze e de seis a doze partidas, respectivamente. Com os antecedentes do Kléber – que pareciam superados no Coritiba – e com a histórica má vontade que o STJD tem conosco, nem falo na possibilidade de ser absolvido e tenho fundado temor de que as penas não serão brandas, pelo contrário.
Temos que contar, então com uma possível recuperação do elenco que restou dentre suspenso e lesionados, e especialmente do Galdezani, que parece ter perdido o bom futebol desde que contratado definitivamente e por longo prazo, parecendo daquelas mulheres que depois de fisgar o marido e celebrar o casamento descuidam da aparência e não se preocupam mais em seduzir.
Uma lástima, parecia que estávamos indo tão bem, mas dos primeiros lugares na tabela em poucos dias já passamos para os intermediários e, pior, com o rival em ascensão e nos alcançando. Certo, não vamos nos entregar e tratemos e ter ainda algum otimismo, quem sabe pode ser apenas um momento ruim. Mas vamos ter consciência dos nossos limites que, infelizmente, nos últimos quatro anos, têm sido os de apenas nos manter na primeira divisão, o que, espero, seja definitivamente superado.
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