Bola de Couro
Conhecendo e sofrendo com o atual time do Coritiba desde o ano passado, com sabidas carências técnicas individuais e ausência de um comando tático que pudesse suprir aquelas, o resultado de ontem contra a Ponte Preta não me surpreendeu.
Não me surpreendeu, pois difícil esperar mais de jogadores como Bruno Melo, David e Leandro Damião (será outro Ricardo Oliveira?), dentre outros. E não me surpreendeu também por ver – tal como já acontecia no ano passado - desde o início do jogo que se o Coritiba treina tanto deve ser um “rachão”, já que jogadas combinadas, distribuição correta dos jogadores em campo e futebol propositivo não são vistos. A primeira etapa de ontem foi uma apresentação ruim de chutes para trás e para os lados e sem a menor criatividade, ao ponto de não conseguirmos finalizar em gol uma única e escassa vez.
É certo que na segunda etapa o time melhorou muito, embora não o suficiente para vencer a limitada Ponte Preta, mas isso se deveu mais às substituições do ineficientes David e Leandro Damião por Lucas Ronier e Brandão, do que por alterações táticas combinadas no vestiário durante o intervalo.
O nosso ano será assim, o plantel está fechado e o casamento entre o treinador e a direção da SAF parece não sofrer riscos de findar. Mais uma vez teremos que suprir essas carências com a força da torcida nos jogos em casa.
A esperança que ainda há decorre de saber que na segunda divisão a bravura vale tanto ou mais do que a técnica e que não se vê, até agora, nenhuma equipe que se possa dizer seja favorita à classificação. Mais uma vez, dentre as tantas na última década, vamos viver de esperança, pois nosso coração de torcedor apaixonado não pode nos levar desde a se entregar. Quem sabe poderemos ser surpreendidos e o time se encaixe e jogue o mínimo para se classificar, embora o retrato do momento mostre que isso é difícil?
Oremos.
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