Bola de Couro
Finalmente o todo poderoso Rodrigo Pastana caiu, não sem antes minar os alicerces do clube com as suas contratações, na maioria pífias e incompreensíveis. Na relação do clube com ele pertinente era o ditado popular de que “o pior cego é o que não quer ver”.
Veio para o Coritiba com um histórico nada animador.
No Figueirense, em 2013, assumiu em setembro e com ele o clube subiu à primeira divisão, mas, o que parece uma constante em sua carreira, em agosto de 2014 foi demitido, deixando o time na lanterna do campeonato da série A (tal como sai agora).
No Bahia, em 2014, ficou apenas três meses, deixando o clube após sete derrotas consecutivas (nada diferente do que nos aconteceu) e na zona de rebaixamento.
No Ceará, em 2015, saiu com o clube sendo eliminado do campeonato estadual.
No Paraná Clube participou da subida do clube à série A de 2017, mas saiu no ano seguinte deixando a agremiação virtualmente rebaixada novamente para a série B (resultado para o qual estava nos encaminhando).
Teve sucesso na subida do Criciúma para a série A em 2013, mas caiu ainda durante o campeonato estadual.
Em suma, considerando somente dados objetivos, não é um profissional qualificado para qualquer clube da série A, nas poucas vezes que teve sucesso na montagem dos clubes que subiram, no ano seguinte foi um desastre.
E com um currículo desses foi não só escolhido como se tornou o todo poderoso no departamento de futebol do clube, contratando dezenas de atletas, a maioria deles sem qualificação técnica para jogar em clube da série A, quando, pelo mesmo valor, poderia contratar menor quantidade, mas com mais qualidade. Enfim, um fracassado que deixou o Coritiba em uma situação que levará tempo para recuperação.
Eu estou dentre os que debito menor responsabilidade ao treinador que sai. Errou muito, sim. O Coritiba, exceto no jogo contra o Bahia, sempre caiu muito de produção na segunda etapa, não sei se fruto da conversa do vestiário ou de má preparação física, mas também de substituições equivocadas como, por exemplo, a insistência com o uso do Welissol. A verdade é que mesmo com o elenco disponibilizado pelo Pastana talvez o técnico pudesse fazer melhor, mas daí teria que ser consciente das limitações do grupo. Mas sai também, até porque a forte ligação do diretor de futebol com o presidente talvez tenha influenciado a demissão em conjunto para atenuar um pouco a saída daquele. De qualquer modo, com os resultados a sua situação estava insustentável também.
Enfim, vamos partir do zero no campeonato depois de quatro rodadas, com nenhum ponto conquistado e apenas um gol marcado. Será uma tarefa muito difícil reerguer o time. Talvez alguém com o perfil do Jorginho, que de modo pragmático viu a carência do elenco e o fez jogar pelo que se diz “por uma bola”, de modo a que pelo menos nos mantenhamos da primeira divisão. Aguardemos, torcendo para que a direção saiba acertar pelo menos agora que a gestão se encaminha para o final.
Finalizo dizendo que não concordo com as manifestações nas redes sociais de alguns que dizem que o fato foi a melhor notícia do ano. Não, a melhor notícia do ano será a vitória da oposição na eleição de dezembro.
P.S. Para não dizer que não falei no jogo de ontem. A irresponsabilidade do limitado Yan Sasse merece punição. Afora a fraca qualificação, ainda prejudicou o time exigindo maior esforço dos que restaram em campo. Penso que deveria ser multado e afastado da equipe, ficando só mantendo a preparação física até que algum clube ingênuo o queira.
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