Bola de Couro
Após uns primeiros minutos sem inspiração, na primeira etapa do jogo de domingo o Coritiba mostrou um bom futebol – pelo menos talvez considerado o nível do adversário – tanto que os números confortam isso, três gols e uma bola no travessão.
Fiquei animado e pensei comigo que finalmente poderia voltar a escrever uma coluna elogiosa ao time. Mas não foi desta vez, infelizmente.
Na segunda etapa o Coritiba entrou em campo como se fosse outro time, não sei se porque a criatividade dos jogadores se esgotou no primeiro tempo ou se as instruções do treinador no vestiário foram mal dirigidas. Cansaço físico por se tratar de retomada de temporada na pandemia parece-me que não é o caso. Fosse fator importante o Cianorte sofreria também e não teria crescido como cresceu e nos ameaçado de arrancar um empate.
Qualquer equipe mediana, terminando a primeira etapa com um folgado placar de 3 x 0, sabe no mínimo “administrar” o jogo, como se costuma dizer. Isso não é difícil, especialmente se for time que tenha um treinador atilado e que saiba organizar a equipe, ou, se não o tiver, pelo menos contar com atletas com liderança em campo para organizar o modo de jogar.
Um clube com a história do Coritiba, jogando contra uma equipe do interior que no mais das vezes não se sai bem nos campeonatos e vencendo com folga como estava, não deveria nem mesmo procurar “administrar” o jogo, mas sim continuar com um ritmo pelo menos próximo ao da primeira etapa, claro que com prudência para não causar desgaste e afastar risco de lesões.
A coluna elogiosa fica para outra vez.
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