Bola de Couro
Finalmente terminou um campeonato que para nós, coritibanos, foi um permanente suplício. Desde a primeira rodada tivemos fracassos consecutivos, com um ou outro respiro que parecia querer indicar que ressuscitaríamos, mas em vão. Nunca sofremos tanto na nossa história.
Daqui a alguns anos, quando alguém pesquisar sobre a história do Coritiba, ao verificar que fomos rebaixados observará que quando isso ocorreu o presidente era o Renato Follador e poderemos ter uma injustiça póstuma, pois nós, que vivemos tudo isso, sabemos que toda a mendicidade que nos atingiu desde 2018 foi fruto de uma gestão equivocadamente eleita e equivocadamente mantida. Teremos que estar atentos para sempre se lembrar do verdadeiro culpado maior que, na galeria de fotos dos ex-presidentes, deveria figurar com uma tarja preta.
Bem, mas agora pouco adianta lamentar, o importante é recomeçar bem.
E ontem vimos que isso não será muito fácil.
As promessas da base ainda pouco estão confirmando, necessitamos de outro goleiro, as demais posições todas têm que ser reforçadas e os inoperantes e desqualificados que compõem o elenco afastados definitivamente.
Já temos várias contratações, dadas como avaliadas cientificamente.Vamos esperar que confirmem em campo.
Entendo que a direção atual deve merecer todo o apoio, estão trabalhando e mostrando o resultado e o presidente está sendo muito feliz ao procurar levantar a autoestima da torcida, mas nem por isso fica imune a questionamentos. Afinal é da essência do futebol a diversidade de opiniões quando visam o bem do clube do coração.
E um dos questionamentos é a necessidade de buscar um goleiro que nos dê segurança e que possa disputar a posição com o Wilson em pé de igualdade ou até mesmo vir para ser titular, o que seria melhor, dado o mau histórico daquele. O jovem Arthur ainda não está maduro.
O outro se refere às contratações do Willian Farias e do Robinho. O primeiro é um jogador de muita luta e garra – o que atende ao sistema de bravura que o presidente quer implantar - mas é tecnicamente um pouco limitado. Jogou muito bem no Coritiba em 2011/2012, mas depois não foi o mesmo jogador, não se sabendo como está atualmente. Devemos supor que foi objeto de avaliação técnica e que terá êxito. Mas quanto ao Robinho não tenho a mesma avaliação e esperança. Sua passagem no Coritiba foi apenas razoável, enquanto no Cruzeiro e no Grêmio não só foi de razoável para ruim como com frequência foi afastado por lesões. Ao contrário do Willian Farias, nunca vi demonstrar que é mesmo coxa-branca. Neste eu não aposto.
Enfim amigos, vida nova está começando. Temos que ter paciência, mas no futebol ela nunca é permanente e incondicional. Vamos torcer pelo sucesso da nova direção, o que será o nosso sucesso. E pelo acerto das contratações e que alguns jovens da base confirmem o que deles se espera. Embora seja uma disputa hoje um pouco desmerecida, a prova da efetiva recuperação poderá ser a conquista do campeonato estadual.
Não vai ser fácil. Temos que ressurgir das cinzas e escombros. Mas tudo indica que estamos no melhor caminho. Aguardemos com esperança, embora sem afastar a crítica construtiva quando necessária.
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