Bola de Couro
Hoje fomos submetidos a um vexame perante o Operário-PG. Uma goleada que só não foi maior porque o adversário teve dois gols anulados, um deles pareceu-me que equivocadamente. Não foi uma tarde para esquecer, como muitos dizem, foi uma jornada não esquecer, de modo a servir de lição para que não se repita.
Afora o atletiba, quando a camisa faz naturalmente o time crescer e por isso sustentamos um empate, o único time razoável que enfrentamos foi o fantasma de Ponta Grossa, que está fazendo uma boa campanha no estadual mas não se pode esquecer que o campeonato local tem times muito fracos e que o princesino está na terceira divisão e é constituído por jogadores cuja folha salarial deve ser igual à de dois jogadores do Coritiba. No mais, até agora jogamos contra times de série C e D, ou que nem participam de disputas nacionais, nunca convencendo. Tivemos uma primeira etapa muito boa contra o Foz do Iguaçu, que terminou em último lugar, com míseros três pontos conquistados, e outra contra o pobre Humaitá. No mais, o time mesmo vencendo ou empatando nunca convenceu.
Como entender se tivemos algumas contratações que parece qualificariam o time, ao menos “no papel” como se diz? Certo que ao lado dessas cometemos erros evidentes de contratações de jogadores que vieram se juntar a alguns medíocres que já compunham o elenco.
Mas mesmo assim no saldo entendo que temos material para formar um bom time.
Como de regra em momentos como o que estamos vivendo, a torcida pede a cabeça do treinador. Muitas vezes sem razão, de modo emotivo e precipitado, mas penso que realmente o jovem e impetuoso treinador luso não está à altura de um clube que pretende disputar dignamente o campeonato brasileiro.
Seu currículo não o recomenda. Jogador sem expressão, como treinador tem no histórico o comando do Kasma (??) do Kuwait, do rubro-negro paranaense, do qual foi demitido quando fracassou no campeonato estadual, e finalmente, antes do Coritiba, dirigiu o Cuiabá que por pouco não foi rebaixado.
Pode-se dizer que no futebol outros profissionais sem bom currículo já tiveram sucesso, enquanto outros fracassaram por má qualidade do plantel, o que é verdade. Mas no caso do nosso luso, ao histórico de perdedor se soma o nenhum convencimento como treinador do Coritiba. As apresentações do time, cuja formação titular ainda não foi definida, mostram que, embora a torcida muitas vezes aja com passionalidade no que se refere aos treinadores, desta vez o faz com razão.
António Oliveira não deve continuar. É compreensível que a direção não aja com açodamento na contratação de seu sucessor. Deixem-no dirigir o time no campeonato estadual, contra times de má qualificação de modo que com sorte e empenho dos jogadores consigamos o título estadual. Mas para o campeonato nacional, se queremos fazer um papel honroso e não correr risco de rebaixamento, não há como continuar com ele.
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