Bola de Couro
A expressão do título da coluna não é minha, foi do Pachequinho, segundo a repórter Nadja Mauad, quando o Fluminense fez o segundo gol.
Enquanto isso, de acordo com a mesma jornalista, o auxiliar técnico Márcio Goiano rezava de mãos postas, parecendo indicar que orar é o que restava.
Pois é, Pachequinho, nós também não acreditamos mais. Há pouco tempo nós pensamos que acreditávamos, mas na verdade, em razão da nossa carência, quisemos acreditar, ativando mecanismo psicológico de compensação. No fundo, lá no subconsciente, nós sabíamos que não era assim mas quisemos nos iludir, era bom.
Quisemos acreditar que tínhamos um elenco “farto de craques” e que iríamos disputar as primeiras posições no campeonato, como afirmou o presidente Bacellar, assim como na esperança do mesmo dirigente no sentido de que, ao contrário do ditado popular, o Pachequinho iria realizar milagres mesmo sendo santo de casa(aqui).
Quisemos acreditar que o objetivo do Pedroso, no sentido de que deveríamos lutar pelo segundo título nacional tinha fundamento (aqui). Não que ele estivesse errado em sonhar alto – todos devemos - mas escondemos de nós mesmos que o desejo pouco fundamento na realidade tinha e quisemos acreditar deixando longe da consciência a realidade.
E o que a realidade nos mostra agora? Desânimo e depressão e perda da esperança de alguma probabilidade de um ano melhor. Enfim, a repetição dos últimos sofridos anos.
Ainda há tempo para obter uma classificação honrosa – olha aí, já estou querendo acreditar, tamanho é o meu desespero – mas para isso há que pensar como Santo Agostinho: “A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.
De qualquer modo, como parece que a direção ainda quer acreditar que tudo está bem, recomendo aos que creem que, enquanto esperam alguma ação positiva dela e do time, façam como o Márcio Goiano. Orem à espera de um milagre.
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)