Bola de Couro
O Coritiba fez uma partida muito boa contra o novo e bom time do Maringá. O jogo, aliás, teve uma primeira etapa vibrante, daquelas quando se pode dizer que valeu pagar o ingresso ou a assinatura da TV. Lances empolgantes, bolas na trave, três gols. Na segunda etapa, embora o ritmo tenha caído um pouco, o jogo continuou a ser muito bem disputado, com o Coritiba se afirmando em campo contra um adversário de respeito.
Destaques para Andrey e Igor Paixão, muito acima dos demais, ainda que estes na maioria correspondessem também, especialmente a zaga, embora ontem eu suponha que deva ter jogado muito preocupada.
Mas vamos ao fato marcante do jogo, o “frango” do Muralha. Há algum tempo eu vinha sendo um crítico do goleiro, e resolvi dar-lhe uma trégua tentando ajudar. Mas não adianta, parece que pau que nasce torto não endireita mais, o rapaz não tem condições de jogar em um time do nível do Coritiba, que precisa avançar na Copa do Brasil e fazer bom papel no campeonato nacional, quando não ser campeão estadual. Já falhou em outras ocasiões – embora talvez não tão bisonhamente como ontem – e seu histórico indica que certamente voltará a falhar.
Não dá para insistir em nome da compreensão com o jogador, com o fato de ser querido pelos colegas ou por às vezes fazer defesas difíceis se em momentos cruciais é estouvado. Sua manutenção na equipe pode levar a desastres fatais. Imagine-se o Coritiba jogando bem contra um adversário de expressão e vir a ser derrotado em um lance como o de ontem? Goleiros falham como todos os jogadores falham, mas isso deve ser uma anormalidade na carreira, um ponto fora da curva, nunca uma sucessão como temos visto com o Muralha.
Infelizmente um dos nossos jovens também falhou, mas ainda está em estágio probatório e quem sabe um dia volte melhor. O outro, Rafael Willian, ainda não foi suficientemente testado, não falhou, mas também não teve atuações que indiquem seja a solução. Mas parece que é o que temos. A menos que o nosso frasista diretor de futebol já esteja se movimentando para encontrar no mercado algum goleiro confiável dentro das nossas forças financeiras. Certamente não ficará ele se escudando em frases de efeito e autoajuda, com as quais seduz a muitos, mas mostrará efetividade e resultados. Como ele gosta de usar lugar-comum, vai um: não se faz um grande time sem um grande goleiro.
Quem já teve no gol Célio, Jairo, Rafael e Fernando Pras (talvez o último goleiro totalmente confiável), não pode se contentar com o que está vendo.
Confiemos que a direção não está inerte e encontrará solução.
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