Bola de Couro
O Coritiba fez um excelente primeiro turno neste campeonato da série B, terminando em primeiro lugar com 36 pontos (média de 1,9 por jogo), dez vitórias, seis empates e apenas três derrotas.
Já no segundo turno a performance caiu, pois até agora fizemos 25 pontos em 16 jogos, ou seja, média de 1,5 por jogo (sete vitórias, dois empates e cinco derrotas), o que, se mantida a tendência, nos levaria a alcançar mais quatro ou cinco pontos e com isso a classificação para a série B (de título penso que não adianta mais falar).
Então, em que pese o Coritiba venha em decadência técnica e até um pouco em declínio anímico, a situação não é desesperadora, pois mantendo um mínimo de regularidade poderemos alcançar o objetivo da subida.
Mas se não é desesperadora, é preocupante. Na maioria dos jogos o time vem se apresentando mal – exceção feita à segunda etapa contra o Operário, vitórias sobre o Avaí e o Brusque, por exemplo – e as derrotas para o Cruzeiro, Vasco, Náutico e agora Goiás mostraram um time muito limitado e sem poder de reação.
Lógica e previsibilidade são conceitos que muitas vezes falham no futebol. Enfrentar o Brasil de Pelotas no Couto é jogo para qualquer apostador apontar vitória tranquila do Coritiba. Vencer em seguida ao CSA já não é o caso de aposta tranquila, mas é muito provável. Porém, como o futebol – e até é bom que seja assim – não costuma ser previsível, em tese é possível – embora não provável – um acidente e uma ou duas “zebras” que nos afastariam do objetivo do ano e da gestão. Lembremo-nos, como lição, do campeonato estadual quando, depois de vencer adversários mais qualificados até com goleadas, nas últimas rodadas tropeçamos infantilmente no Londrina, Cascavéis e Rio Branco.
Seria uma catástrofe, e todo o empenho que a atual direção vem tendo para levar o clube ao patamar que sua história faz merecer, de forma gradual e segura, cairia por terra.
Por isso, é a nossa vez de entrar em campo. Domingo temos que lotar o Couto, tal como no último jogo contra o Operário, e carregar o time nas costas se preciso for. Não há mais como mudar o time, a não ser um pouco no modo de jogar e na carga psicológica dos atletas. E não é hora de ficar encontrando culpados, o que a nada levará diante do momento. Precisamos sublimar qualquer sentimento de insatisfação e no domingo apoiar do início ao fim do jogo. Agora não importam as nossas convicções sobre o time, importa, sim, o nosso desejo de ver o Coritiba voltar à série A. Depois tratamos das deficiências da equipe e do que fazer para melhorá-la.
Já disse e repeti aqui que o Coritiba somos todos nós, clube, elenco e principalmente torcida. Esta deve ser fator preponderante nos dois jogos em casa que faltam. Vamos lá!
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