Bola de Couro
O jogo de ontem ficou marcado na história do Coritiba não pela vitória, ou pelo gol do Alef Manga, ou pela estreia promissora do Marcelino Moreno ou ainda por se ver que o Robson continua o mesmo.
O registro histórico foi pela presença de 8.871 mulheres e crianças, muito mais aquelas, levando ao Couto Pereira a beleza e entusiasmo do sexo que antigamente um preconceito diria frágil. Mulher, como diz a canção de Elba Ramalho, “se finge ser tão frágil, mas domina quem quiser”. O fato certamente está repercutindo em toda a mídia do pais e talvez do exterior.
Elas torceram tanto quanto um estádio com maioria de homens, mostrando que em jogos de futebol pode haver paz entre torcidas. Uma lição para os que se abrigam em torcidas ditas organizadas e que já levaram o Coritiba há algumas punições, uma delas trazendo tristeza inesquecível.
Não é sem razão que no jogo de xadrez a dama é peça mais valiosa a defender o rei. A aparente fragilidade feminina se expressa somente na candura e beleza, no mais, é uma forte que defende a si e aos seus com força e ardor.
Parabéns à direção pela ideia inovadora, fazendo do limão da punição uma saborosa limonada.
Em 08 de março se comemorará o Dia Internacional da Mulher, e por ser uma quarta-feira provavelmente haverá jogos da segunda fase do campeonato. Se o mando for nosso, fica a ideia para a iniciativa de ontem ser repetida, com o estádio repleto de todos os sexos e homenagens a elas, mostrando ao mundo que o Coritiba e sua torcida são inclusivos e fazem do futebol uma alegria e não uma guerra.
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