Bola de Couro
Eu sei amigos, ninguém aguenta mais mensagens de texto e áudio que circulam nas redes sociais sobre cuidados em relação à pandemia causada pelo corona vírus. Ainda bem que no meio de tudo isso aparecem algumas piadas – algumas infames, outras boas – pois mesmo que com todos os cuidados que devemos tomar a vida continua.
Estou recluso (principalmente por causa da idade e da cardiopatia), como de resto deve estar a maioria de vocês, e nós, amantes do futebol, além de privados de tantas coisas não podemos mais acompanhar os nossos times.
Muito difícil, mas o tempo que estamos dedicando aos cuidados devem ser também dirigidos à reflexão sobre nossas vidas e costumes.
Estamos todos no mesmo barco, ricos e pobres, coxas, atleticanos e paranistas. Vivemos o que a música do Raul Seixas pareceu profetizar em “O dia em que a terra parou”. É hora de, além de colocar em dia leituras e ver filmes, refletir sobre a nossa vida e ter participação ativa na crise. Temos que lembrar das pessoas que, por falta de trabalho, poderão ficar com enormes dificuldades financeiras.
Enfim, não estou dizendo nenhuma novidade e nem nada que muitos já tenha dito, e então vou ao enfoque do título da coluna.
No futebol, as administrações dos clubes, em especial o nosso, têm oportunidade para ponderar sobre os erros e acertos e procurar ajustar os seus clubes e times. Tudo pode ser feito online, como tantas atividades estão sendo exercidas. Nós, torcedores associados, se a crise financeira não atingir, devemos manter a contribuição mensal associativa para minimizar a queda financeira que o nosso clube certamente vai ter. Está sendo mal administrado no tocante à sua atividade fim, o futebol? Sim, os resultados em campo mostram isso. Mas ao que sabe são homens corretos, que erram por despreparados e iludidos pelo Rasputin que está no clube, jamais por desonestidade.
Vou manter a minha contribuição associativa, assim como – tal como muitos – a preocupação social com os desassistidos de modo a ajudar a minimizar as suas dificuldades financeiras. Quem pode – compreendo que a crise não permitirá esse comportamento a todos – deve fazê-lo. Não só quanto ao clube, mas quanto à sua faxineira, doméstica, jardineiro e outros.
O momento é único em nossas vidas e único na história. Se o enfrentamento da pandemia depende de cuidados das autoridades e nossos, a resposta social e emocional da crise tanto quanto.
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