Bola de Couro
O VAR foi criado com a função de auxiliar o árbitro – o próprio nome diz isso, Video Assistant Referee – e não de decidir por ele, que deve ser chamado somente quando uma clara infração não seja vista e o lance resulte em gol ou pênalti. A chamada marcação de campo deve prevalecer, salvo se clara e evidentemente equivocada.
Mas não é o que se tem visto, pois os árbitros sempre se curvam ao que o colega que comanda o VAR entende, não tendo personalidade nem autoridade moral para contrariá-lo. O único que tentou foi o árbitro que marcou um pênalti para o Santos e foi chamado pelo VAR para tornar sem efeito a marcação, mas a manteve (bem ou mal, não importa para o que estou desenvolvendo). O resultado foi que o árbitro ficou afastado para passar por programa de aperfeiçoamento. Ou seja, os árbitros foram desencorajados a manter o que decidirem em campo, mesmo em lances não claros, pois do contrário, certos ou errados, correm risco de afastamento.
O VAR hoje no jogo contra o Botafogo pode ter sido decisivo. A falta que apontou na origem do segundo gol do Coritiba não existiu, foi uma disputa corpo-a-corpo que o mais forte ganhou, nada mais do que isso.
Ah, mas mesmo assim foi 4 x 1, dirão. Sim, por isso usei “pode” no parágrafo anterior. Não posso desmerecer a vitória do Botafogo e nem a justificar somente pela atuação do árbitro/VAR. É um time muito forte, não sem razão é líder disparado do campeonato. Mas será que se o jogo ficasse em 2 x 1 para o Coritiba a postura do nosso time e do adversário não teria sido outra? A condição de ânimo não teria sido outra? O Botafogo não se abriria? Não são apenas simples conjecturas, mas observação de possibilidades.
De qualquer modo, mesmo sem considerar o lance o Coritiba teve desempenho razoável ou até bom em alguns momentos, mas infelizmente algumas peças foram mal ou até muito mal.
Os laterais não se saíram bem, notadamente o Natanael que esteve em uma de suas piores apresentações, O Robson voltou a ser o Robson de sempre. Bravo, e por isso ilude parte da torcida, mas sem técnica, e quando se sai bem é o que se chama de ponto fora da curva, uma exceção. Gabriel também deixou a desejar, tem que procurar sair quando dos cruzamentos. O Edu só pode voltar a jogar depois que passar um tempo em um spa para perder alguns quilos.
De positivo a postura altiva do time e as atuações do Bruno Gomes – que fez um gol antológico – e do Marcelino Moreno. Os demais, excetuados aqueles que citei antes, não comprometeram.
Enfim, considerando que enfrentamos o melhor time do campeonato e que a conduta da arbitragem pode – pode, repito – ter influído no resultado, vamos tratar de voltar ao caminho que estamos fazendo desde que o Kosloski assumiu o comando da equipe, agora como técnico efetivo.
Nada está perdido, ainda tem muito pela frente. Vamos trabalhar e continuar a prestigiar o time lotando o Couto Pereira no próximo jogo, contra o Bragantino, um time que merece respeito.
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PS. Hoje, às 11:45 h, postei comentário na notícia aqui do Coxanautas sobre o jogo, onde disse: “Wagner Reway no VAR? Quem lembra da estreia dele em Flamengo 3 x 0 Coritiba, em 2014, pela Copa do Brasil, quando "achou" dois pênaltis para os cariocas e não apitou um sofrido pelo Alex?
Se depender hoje de VAR...”.
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