Bola de Couro
Em 1972, depois que o Tim deixou o comando técnico do time, o Coritiba contratou como treinador Aymoré Moreira, nada menos aquele que dirigiu a seleção brasileira bicampeã do mundo em 1962. Mas o Aymoré não se adaptou e o time começou a ir mal, até que o inesquecível presidente Evangelino o demitiu.
Quem contratar, então?
Estava no clube, como auxiliar técnico, o Lanzoninho, ex-jogador com passagens vitoriosas pelo Coritiba e outros clubes, e a ele foi entregue o comando provisório do time até que se definisse quem seria contratado como treinador.
Reza a história que por sugestão de alguns jogadores, entre eles o Hidalgo, que era o líder do elenco, o presidente Evangelino foi convencido a efetivar o Lanzoninho, decisão que se revelou acertada.
Naquele ano o Coritiba foi campeão estadual, fez excursão vitoriosa ao exterior quando voltou invicto, e no campeonato nacional ficou nada menos do que em quinto lugar. O interino efetivado tinha dado certo.
Lembrei dessa história, os amigos já devem ter percebido, ao ver o Coritiba renascendo sob as mãos do Tiago Koloski, até agora tido como treinador interino.
Se a primeira ou a segunda vitória desta nova fase pudessem nos deixar em dúvida se teriam sido decorrentes mais do estado de ânimo da equipe, os jogos contra o Cruzeiro e o Fluminense mostraram que fator preponderante está sendo a mão do técnico. Sim, os jogadores estão mostrando um esforço incomum, mas tenho certeza de que também a condição anímica é resultante da valorização que receberam do comandante até agora bem sucedido no encaminhar o time antes e durante os jogos.
Será que a história se repetirá como em 1972?
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