Bola de Couro
Depois de dedicar o dia de sábado a assistir aos jogos da Copa do Mundo, culminando com o excelente e emocionante Alemanha 2 x 1 Suécia, me preparei para ver o Coritiba contra o Figueirense.
Estava com o espírito pronto para não querer comparar a qualificação técnica do torneio mundial com a desqualificação individual e coletiva do nosso time, anos luz abaixo, assim como para ver as arquibancadas do Couto Pereira quase vazias.
Pois em um aspecto me enganei totalmente. A torcida do Coritiba compareceu em número surpreendente para o momento. Time ruim e sem empolgar minimamente e final de dia no curso da Copa do Mundo. E 7.120 torcedores compareceram ao estádio, em que pese o momento e as circunstâncias, provando que a torcida é maior do que o time atual e os dos últimos tempos.
No segundo aspecto, de início pensei que iria me enganar também. Mesmo presente as marcantes limitações técnicas dos jogadores, na primeira etapa o time até que o time foi razoável, com um pequeno progresso considerando o que temos vendo. Supus que finalmente teríamos a primeira vitória convincente.
Mas que nada, na segunda etapa o Coritiba voltou a ser o time que vem sendo, marcando mal, não articulando jogadas por simples que sejam e quase não concluindo contra o gol adversário. Para arrematar, em um momento em que o jogador adversário não tinha ninguém a marcá-lo e nem à frente (confiram nos melhores lances, congelem a imagem e vejam que o jogador do Coritiba mais próximo do autor do gol estava no mínimo a três metros de distância).
E desta vez o nosso treinador – que talvez tenha a justificativa de que com o elenco de que dispõe não poderia fazer melhor – atuou para piorar o panorama. Tirou o quase nada (Yan), para colocar em seu lugar o pouco (Chiquinho). Trocou o insuficiente (Guilherme Parede) pelo fraco (Iago). E por fim substituiu o inábil (Vinicius Kiss) pelo efetivamente nada (Jean Carlos).
Pode-se dizer que na verdade o treinador não podia fazer mais diante do banco de reservas que tinha. As primeiras trocas redundaram no que se costuma dizer seis por meia dúzia. Mas quanto ao Jean Carlos, não se pode ser compreensivo. Esse já mostrou que nada joga e não deveria nem mesmo estar no banco de reservas e nem mesmo compor o elenco. Para colocar a “cereja do bolo” da sua apresentação, tanto fez que convenceu Alisson Farias a abrir mão de cobrar uma penalidade nos últimos minutos do jogo, a qual talvez, pudesse mudar a história da partida, dando um chute pífio contra a barreira.
Do modo como estamos, logo convirá que a diretoria do Coritiba coloque nos portões do estádio a frase de Dante Alighieri nas portas do inferno: “Deixai toda esperança, vós que entrais”.
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)